domingo, 30 de janeiro de 2011

O mundo maravilhoso do Costco

Confesso, sou viciada em supermercado e coisas do gênero.  Além de tudo, meu trabalho com bens de consumo exige que eu esteja sempre atenta ao que está acontecendo no varejo alimentar etc.

Depois do mundo maravilhoso da Ikea, venho aqui para falar do mundo maravilhoso do Costco.  O Costco é um "warehouse club", o mais similar no Brasil é o Sam's Club.  Diferente do Makro, o foco aqui não é no pequeno comerciante (até porque aqui quase não existem ambulantes, dogueiros etc etc) e sim no consumidor final disposto a comprar em quantidade.  Até recentemente não tínhamos carro, então não existia a possibilidade de irmos ao Costco, mas agora que estamos motorizados, tudo mudou de figura.

Antes de pagar a anuidade (varia de $55 a $100), quis ir até uma loja pra ver se eles tinham produtos que eu poderia comprar.  Meu medo era tudo ser tão gigante que pra duas pessoas num apartamento pequeno não ia adiantar nada.  Fui com um vendedor da minha empresa conhecer uma das lojas e adorei.  Os produtos têm sim um tamanho maior que no varejo comum, mas a diferença de preço...

Uma das estratégias do Costco é oferecer produtos (ou embalagens, tamanhos etc) que são exclusivos da rede - uma das idéias é ficar mais difícil pro consumidor comparar preços, mas a principal é fazer com que os associados percebam o valor dos $55 pagos de anuidade.  O primeiro good deal que vi foi ingresso para o cinema - um pacote com 2 ingressos, 2 refris e uma pipoca grande saem pelo mesmo preço de apenas os dois ingressos na porta do cinema.  Eu que adoro pipoca e detesto pagar caro por ela, já aprovei!  E ainda é possível ganhar os pontos do Scene, o programa fidelidade do cinema Cineplex (a cada 10 ingressos, 1 é de graça).

Outra coisa que atraiu bastante foram os preços dos alimentos.  Queijo pra fazer sanduíche por exemplo, chega a custar $5 por 100g no supermercado Loblaws (e já estava meio que vetado aqui em casa), no Costco 500g saem por $8.  Comprei também salame, presunto cru, peito de peru tudo muuuuito mais barato que no supermercado, e com a vantagem de que vêem em pacotes duplos com bastante validade, dá pra guardar tranquilo na geladeira.

Esse final de semana meus tios e primos vieram fazer um lanche aqui em casa e aproveitei para comprar croissant ($5.99 a caixa com 12), bolo, frios, queijo...  Tudo por um excelente preço.

Virar sócio do Costco não é para o 1o ou 2o mês de Canadá (a não ser que você tenha carro logo de cara e família grande), mas depois dos primeiros meses acho que vale super à pena o investimento.  Eu tenho sorte de ter um Costco do lado do meu escritório, então dá pra dar um pulinho lá a toda hora para repor os queijos, frios etc (além de comprar mais comida congelada que não coube no freezer!).

Fica a dica ;-)

Mais dicas de passagem

Oi pessoal,

Gostaram da dica da Copa Airlines, certo?  Acho excelente termos mais uma opção de voo, principalmente para quem não é de SP, pois a Copa voa direto do Panamá para algumas outras cidades brasileiras.  Em outro blog comentaram que os aviões da Copa são pequenos, desconfortáveis etc.  Eu sinceramente nunca viajei pela empresa e acho que viagem longa de avião em classe econômica é desconfortável e ponto - e, para economizar 500 dólares, o que é uma dorzinha nas costas.  Eu sempre tomo Dorflex em viagem de qualquer maneira.

Ah, um ponto importante da Copa é que descobrimos que eles têm restrições quanto a excesso de bagagem na alta temporada - é importante olhar esse detalhe antes de tomar a decisão final.

Estou aqui para passar uma dica de um site que recebi do meu irmão.  O link é http://matrix.itasoftware.com/.  Nesse site não é possível comprar passagens, mas sim verificar diversas opções de tarifas, combinações de cias áreas...  Um dos sites mais completos que já encontrei, me ajudou muito nas minhas últimas buscas por preço de passagem.

Fica a dica ;-)

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Nova opção de voo para o Canadá - Copa Airlines

Utilidade pública!!!

A Copa Airlines vai iniciar voos para Toronto 4xs por semana a partir de 16 de junho de 2011.

Depois do problema com a Mexicana, os brasileiros sem visto para os EUA só contavam com a Air Canada para fazer a viagem.  Por acaso descobrimos que a Copa Airlines vai começar a voar para YYZ agora em junho, uma nova opção para quem está vindo (e pra quem já está aqui para visitar a família!).

Meu marido vai para o Brasil em julho e nos surpreendemos com uma tarifa de 690 dólares (isso, você leu certo, 690!) ida e volta.  Com todas as taxas pelo Expedia saiu impressionantes 752 dólares canadenses, uma pechincha.

Claro que nem tudo são flores - as opções de conexão são ou muito apertadas (e arriscadas) ou longas.  Optamos pelas longas, com 5 a 7 horas de espera no Panamá - mas, comparando com a Air Canada por $1200, sem problemas a espera.

Ah, e ainda ganha milhas em qualquer companhia aérea da Star Alliance (TAM, Air Canada, United, Lufthansa... o freguês escolhe!).

Fica a dica ;-)

UPDATE: no site da Copa ainda não está aparecendo o voo, mas pelo Decolar e pelo Expedia está!

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

14.000 pessoas no funeral do policial de Toronto

Semana passada fiz um post sobre as notícias (ou falta delas) na mídia canadense. Foi o dia do falecimento de um policial aqui em Toronto que foi atingido por um snowplow que havia sido roubado.

Durante toda a semana muito se falou do sargento Ryan Russell e hoje foi o funeral.  Ficamos muitíssimo impressionados com a repercussão do acontecido: 14.000 (sim, você leu certo, catorze mil pessoas) participaram do funeral do policial.  Policiais, bombeiros, paramédicos, polícia montada, oficiais de Vancouver, Calgary, Nova York, vieram para o funeral, que foi no Metro Toronto Convention Centre.  Impressionante também o silêncio dessas 14.000 pessoas.

Houve uma parada pelas ruas do centro, o "funeral service" muitos discursos, poemas, músicas, cidadãos comuns chorando e especial na TV de noite com a cobertura completa do evento.  Doações para financiar a educação do filho de 2 anos do policial estão sendo recebidas por um dos principais bancos daqui.  A CN Tower ficará acesa toda a noite na cor azul, cor da polícia de Toronto.

Foi o 1o policial em 9 anos a morrer em serviço aqui em Toronto.  Nos fez pensar nos policiais brasileiros que não tem nada disso e de como toda a comunidade parou para refletir e agradecer o trabalho de todos os que arriscam a vida para proteger a cidade.

As imagens feitas pela TV das paradas e do service me impressionaram bastante.  Para quem quiser, aqui vai o link.  Abaixo algumas fotos do The Globe & Mail:







quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

A saga do seguro do carro (e Roadside Assistance)

Olá pessoal,

Conforme prometido, segue post sobre o seguro do carro.

Como todos já devem estar carecas de saber, no Canadá o seguro contra terceiros é obrigatório e deve ser feito com seguradoras particulares.  O seguro para cobrir o seu próprio carro é que é opcional, muita gente com carro com valor baixo nem faz pois não vale à pena.  O impressionante são os valores do seguro, principalmente para os recém-chegados: seguradora canadense acha que o mundo se resume a EUA e Canadá, então se você não tiver histórico de carteira de motorista ou outros seguros nesses dois países você é considerado de alto risco e o seu "premium" vai lá pra cima.

Mas, não tem como fugir, um dia você vai precisar fazer o seu 1o seguro de carro no Canadá, certo?  Então o jeito é engolir a raiva e enfrentar a fera.  A primeira coisa que eu fiz quando comecei a pesquisar carro foi ligar na seguradora que faz o seguro aqui do apto e perguntar quanto custaria para vários modelos de carro - a resposta foi em torno de CAD $450 por mês e não variava muito pelo custo do carro - popular ou pick-up, era tudo mais ou menos a mesma coisa.  Os principais problemas nossos eram a falta de histórico e o fato de morarmos em downtown Toronto, duas coisas que não tínhamos como mudar.  Ela só falou para eu evitar de comprar Honda pois é a marca mais roubada (pois é, existe roubo de carro no Canadá) e consequentemente os premiums são mais altos

Depois de fechada a compra do carro, cheguei em casa e comecei a ligar para várias seguradoras.  Aqui vai uma reclamação para o pessoal dos blogs: poxa, coloquem os nomes das seguradoras de vocês!  Vários blogs diziam "ah, consegui que a seguradora aceitasse a carta que eu trouxe do Brasil", "ah, consegui uma cotação de $200 por mês'', mas ninguém colocou o nome das tais seguradoras!  Vamos lá pessoal, informação completa pra ajudar quem está chegando, né?

Fiz várias simulações pela internet e depois ligava para as seguradoras para confirmar o valor - normalmente o valor que eles me confirmavam era basicamente o que aparecia na cotação pela internet mesmo, às vezes um pouco mais ou um pouco menos.  As seguradoras com as melhores cotações no nosso caso foram: Scotiabank, Desjardins e Belair.  Cotei também com a State Farm, com a PC Financial e algumas outras pela internet, mas essas últimas não tinham valores competitivos para recém-chegados, nem perca seu tempo.

Nisso o rapaz da loja me ligando pedindo o número da apólice para ele poder registrar o carro no meu nome, pressão total.  Decidimos pelo Scotia, pois era a cotação mais barata.  Na hora que liguei lá pra fechar a moça me disse que a atendente anterior tinha preenchido a ficha errado (ela tinha colocado que eu tinha tido carteira G2 no passado) e depois de alterado isso o seguro iria subir $50 por mês (e ia ficar o valor das outras).  Fiz uma leve pressão dizendo que então ia fechar em outro lugar e eles honraram a cotação anterior, acabou ficando tudo $350 por mês (ui, mas $100 a menos que a cotação original).  O próprio pessoal do Scotia enviou o fax para a concessionária com os dados da apólice e no final do dia o carro já estava licenciado, emplacado e pronto para a estrada!  Ah, surpresa boa, não tem tax em cima do valor do seguro, não sei se está incluído na cotação ou se o governo não cobra, mas com isso economizei 13% do valor.

Bom, uma coisa é certa, aqui o seguro do carro é alto mas não temos que pagar 4% do valor do carro por ano de IPVA, apenas a taxa de licenciamento que é baratinha.

Principais aprendizados da nossa saga:
1 - óbvio, pesquise MUITO!
2 - ninguém aceitou nossa carta da seguradora do Brasil para baixar o valor da cotação;
3 - analise bem as coberturas e o valor das franquias (deductible) na hora de escolher o seguro.  As cotações que recebi tinham franquia de $300 e de $1000 e o valor do seguro obviamente caía na de $1000 (não muito, mas de grão em grão...).  Optamos pela franquia de $1000 pois mesmo que aconteça algo com o seu carro você NÃO quer usar o seguro por dois motivos: usando o seguro vc fica com o histórico "manchado" e pode não ter tanto desconto no ano seguinte e, mais importante, aqui quando se compra carro usado é praxe as lojas apresentarem o relatório CarProof que mostra se já houve algum insurance claim no carro além de outras coisas e carro com claim perde muito valor de revenda;
4 - para quem compra carro de valor baixo (até uns $3,000), uma opção é fazer apenas o seguro contra terceiros que é obrigatório e não segurar o seu próprio carro, isso é muito comum.  Mas como compramos um carro mais novo e de valor mais alto, optamos pela cobertura completa dele;
5 - na lista de discussão do Yahoo me falaram que fazendo um curso teórico X de motorista tinham desconto no seguro (pelo menos em Ontario).  Perguntei nas seguradoras e o desconto era menor que o valor que as auto-escolas cobram pelo tal curso, portanto, nada feito;
6 - Quem coloca pneu de neve (não é obrigatório aqui em Ontario) tem desconto de 5% do valor da apólice.  Nós temos apenas o all-season e optamos por não comprar os pneus pois, de novo, sairia mais caro que o tal desconto (fora o custo da troca e balanceamento 2xs por ano) e também não temos onde armazenar os pneus e isso seria outra despesa.  Pesou o fato de o meu caminho para o trabalho ser apenas por vias principais e pela highway, que é a 1a a ser limpa em caso de tempestade;
7 - Esqueça aquela mamata do Brasil de guincho, chaveiro, encanador etc etc tudo grátis no seguro do carro.  As seguradoras que cotei ofereciam um pacote chamado "worry free", que reembolsa $50 caso você precise de guincho ou chamar alguém pra dar partida no carro, por exemplo.  Uma coisa bacana do worry free é que inclui seguro para carros alugados - ou seja, se você alugar um carro nos EUA ou Canadá o carro está coberto mesmo sem vc comprar o seguro da locadora (às vezes mais caro que a diária do carro).  Muitos cartões de crédito oferecem isso, mas cobertura extra nunca é demais.

O tópico 7 nos leva a outro assunto, o Roadside Assistance.  A Marden tinha me dado essa dica e falou que tem o CAA (Canadian Automobile Association).  Dei uma pesquisada rápida e achei os planos do CAA meio caros, uns $100 por ano.  Durante as minhas cotações, algumas seguradoras perguntavam se eu tinha Roadside Assistance, não sei se isso pode afetar o valor do seguro.  Mas enfim, dada a importância do assunto e o medo de ter que morrer com uma bela grana para guinchar o veículo em caso de pane, fui atrás.  Acabei encontrando um plano bárbaro da Canadian Tire que é pay-per-use: a pessoa paga $23.88 por ano pela associação e, se precisar de assistência, paga um valor fixo de $44.50 por chamado - como nossa seguradora reembolsa $50, ficamos no zero a zero.  O mais bacana é que esse plano cobre os motoristas (2, no caso) e não o carro - ou seja, vale também se você estiver com um carro alugado em qualquer lugar dos EUA ou Canadá.  Tentei lembrar quantas vezes eu precisei chamar o seguro desde que comecei a dirigir com 18 anos e foram exatas 2 vezes, por isso achei que não valia à pena os outros planos que custavam $69 e $99 (e cobriam o carro, não os motoristas).  Meu tio tem um cartão de crédito da Canadian Tire e deram pra ele o Roadside Assistance de graça - fica a dica.



As principais notícias do Canadá nos meios de comunicação

Aqui assistimos muito um canal chamado CP24 - Toronto's Breaking News (cp24.com)- um desses canais de notícia o dia todo que passa previsão do tempo, trânsito, resultado do jogo de hóquei, tudo numa tela só.  Fora que esse é o canal em que as TVs dos bares etc estão sintonizando e eles também têm uma versão para as estações de metrô, impossível não assistir.  Os principais telejornais aqui são às 18hs (afinal, o povo sai cedo do trabalho e a essa hora já está jantando) e normalmente têm foco local e depois às 22hs onde os jornais têm 1 hora de duração e têm abrangência nacional (são chamados "The National", "National News" etc).  O maior jornal impresso por aqui é o The Globe & Mail (que só folheei algumas vezes) e em Toronto temos jornais locais (ganhamos 3 meses de assinatura aos sábados do Toronto Star).  Revista de notícias, a principal é a Maclean's.

A grande questão é: o que noticiar se aqui não acontece quase nada?  Estou exagerando, óbvio, mas comparado com o Brasil com desgraças, assassinatos, pobreza, corrupção etc o Canadá acaba tendo pouco assunto.

Muitas vezes eu e o meu marido começamos a gargalhar assistindo o jornal - notícias como "homem desconhecido suspeito de rondar casa no bairro X" são tratadas com uma magnitude só possível num lugar onde essas são as piores coisas que podem acontecer.  Acho que com o tempo vamos nos acostumando e não vamos mais nos surpreender vendo notícias assim.

Semana passada "o" assunto na TV, rádio etc era o transporte de 6 mega tóneis de cerveja que a Inbev importou da Alemanha e que precisavam ser transportados do porto de Hamilton até a cervejaria Molson.  Cobertura extensa sobre o assunto, entrevista com o pessoal da empresa responsável pelo transporte etc.  No fim nevou e os coitados não conseguiram completar a viagem no tempo previsto.  Hoje encontrei essa foto no G1, realmente impressionante:


O noivado do príncipe William mereceu super-mega destaque em todos os telejornais além de uma edição especial da revista Maclean's analisando todo o assunto, detalhes da cerimônia, opiniões, artigos, análise do impacto do casamento para a economia canadense etc etc etc.

Hoje infelizmente o assunto na cidade além da neve que atrapalhou a vida de todo mundo, foi um cidadão que roubou uma caminhonete dessas que se usa para tirar a neve (snowplow), dirigiu feito doido pela cidade por quase duas horas e acabou atingindo um policial na cabeça com o snowplow.  A polícia finalmente conseguiu prender o infeliz, mas o policial veio a falecer pouco depois por conta dos ferimentos (link da notícia aqui).  O chefe da polícia estava no hospital aguardando notícias, toda a mídia fazendo vigília do lado de fora esperando notícias sobre a saúde do policial e, depois da má notícia, centenas de pessoas começaram a enviar mensagens de solidariedade e condolências para a família do policial (tudo noticiado, inclusive lendo as mensagens ao vivo no jornal).  Quando eu estava voltando pra casa do trabalho, ouvi no rádio que iam fazer um especial sobre o policial no principal jornal das 18 horas.

Uma coisa que percebi no jornal impresso e na Maclean's é que a maior parte dos textos acabam sendo análises de colunistas sobre fatos de interesse geral do que reportagens em si.  Principalmente no jornal, já que eles precisam imprimir um bem gordinho todos os dias.

Coisa boa: assinaturas de jornais e principalmente revistas são muito mais baratas que no Brasil.  Fazendo uma assinatura, cada exemplar da Maclean's sai 75 centavos - uma pechincha comparando à revista Veja (só do reembolso de parte da assinatura que cancelei antes de vir pra cá recebi R$280) - no nosso caso, pagamos 3 dólares por mês junto com a conta de celular pela assinatura.  Outras revistas também são super baratas para assinar e as assinaturas estão sempre em promoção - ganhei de brinde da Rogers a assinatura por 3 meses da Canadian Business, ainda não comecei a receber.  Ainda estou analisando se farei uma outra assinatura de jornal (talvez do Globe & Mail dessa vez) - e a vantagem é que aqui também temos assinatura só para o final de semana por exemplo.

sábado, 1 de janeiro de 2011

Comprando carro no Canadá

É o sonho (norte) americano - um carro!

Apesar de Toronto ter um sistema de transporte público muito bom, o Canadá não é a Europa e carro é bastante importante.  Bye bye streetcar (e consequente espera por ele nas esquinas com o pés congelando a sei lá quantos graus abaixo de zero), hello car!

A principal consequência do meu novo emprego foi a necessidade de comprar um carro.  A empresa que vou trabalhar fica em Markham, cidade ao lado de Toronto e 27 km daqui de casa (meia hora pela highway).  Confesso que fiquei feliz, pois se eu tivesse conseguido um emprego em algum lugar com acesso por metrô não teríamos tido coragem de ter esse gasto agora, mas já estamos curtindo bastante.

Passo 1 - OK, recebida a oferta de emprego, primeira providência foi ligar no HSBC para ver quais taxas teríamos para comprar um carro e assim saber qual valor de veículo poderíamos dar uma olhada.  Surpresa: depois de muitas ligações descobri que o HSBC não tem mais financiamento de veículos!  Achei muito estranho e consegui falar com a gerente que tem nos atendido e ela disse que eles não têm financiamento de veículos, mas podem fazer um crédito pessoal para a pessoa comprar um carro.  Surpresa 2: a taxa de juros desse empréstimo pessoal é maior do que a nossa taxa de cheque especial (temos um limite muito bom aqui no Canadá por termos aberto a conta Premier ainda no Brasil).  Recomendação da gerente: compre o carro e pague com cheque especial!  Achei isso uma loucura, perguntei pra ela se não seria prejudicial para o meu crédito e ela disse que não.  Cheguei a pesquisar outros bancos mas a taxas para compra de veículos usados sempre era mais alta que a tal taxa do cheque especial e sabia que de qualquer maneira seria muito difícil conseguir ser aprovado pois estamos aqui há pouco tempo e o meu SIN number é temporário (pois estou agora com work permit e não residência permanente).  Várias lojas de veículos pequenas oferecem financiamento pra quem não tem crédito mas, de novo, as taxas de juros são altíssimas.

Passo 2 - sabendo que iríamos ter que usar nossas economias e o cheque especial pra comprar o carro, o passo 2 foi olhar os anúncios pra saber + ou - que tipo de carro poderíamos comprar levando em conta o dinheiro que tínhamos disponível.  Agora começa a diversão: existe algo como Tabela FIPE no Canadá?  Qual o "Webmotors" canadense pra olhar os carros?  Tem "Melhor Compra" da Revista 4 Rodas canadense?  Pois é meus amigos, o que era relativamente fácil no Brasil, você precisa reaprender quando imigra!  Respostas: não achei uma Tabela FIPE por aqui, achei uns valores chamados Black Book e Red Book mas pra você saber quanto vale o seu carro precisa pagar uma taxa pra acessar o tal do Red Book - li alguns artigos no jornal mencionando os valores de carros usados pelo tal do Red Book, mas cheguei à conclusão que não é uma referência óbvia como a querida Tabela FIPE.  O Webmotors canadense é um site chamado Autotrader.ca - mas que saudade do Webmotors, as opções de busca do Autotrader são bem limitadas comparado ao querido Web.  Outro bom site também é o Wheels.ca.  Não achei um equivalente ao Melhor Compra da 4 Rodas e nem descobri se existe uma revista similar à 4 Rodas (óbvio que existem revistas de carro por aí, mas não consegui encontrar nenhuma do mesmo porte e credibilidade) - tive que recorrer então aos reviews dos carros em artigos de jornais como o The Globe and Mail.

Passo 3 - pegar dicas de quem já comprou.  Liguei pro meu tio pra saber onde ele compra os carros dele e pegar dicas.  Ele falou pra gente se desapegar da história da kilometragem, pois aqui os carros são muito rodados, mas como as estradas são boas isso não é um problema.  Mandei um e-mail também pra Marden, dos blogs Conversa entre Penélopes e Imóvel no Canadá e ela foi suuuuper atenciosa, respondendo várias perguntas, dando dicas, indicando seguradoras etc etc.  Descobrimos que a média de kilometragem aqui é 20 a 25 mil km por ano e que carros com kilometragem mais baixa do que isso são bem mais caros, e mais alta do que isso são bem mais baratos.

Passo 4 - pegar uma estimativa de seguro.  Liguei pra corretora que faz o seguro do nosso apto e pedi uma cotação para 3 modelos diferentes de carros.  As cotações foram altíssimas (conforme eu imaginava) então pedi pra ela ver se a gente mudasse o modelo do carro se faria muita diferença - praticamente nenhuma.  Os principais "problemas" eram o fato de não termos histórico de carteira de motorista nem seguro de carro na América do Norte (não dá pra mudar isso) e de morarmos em downtown Toronto (também não dá pra mudar).  Ela só falou pra eu evitar de comprar Honda pois são os carros mais roubados aqui e consequentemente têm seguro mais caro.

Passo 5 - visitar as lojas de carro.  Tivemos que alugar um carro para ir comprar o carro!  A maioria das lojas de carro e concessionárias não estão em downtown (óbvio), então alugamos um carro da Enterprise por 9,99 por dia por 3 dias pra procurar carro, pois de transporte público não íamos dar conta.  Depois da rápida idéia de comprar um Jeep usado (super barato, mas chegamos em casa e lemos os reviews dizendo que não era uma boa), decidimos focar a busca no Toyota Matrix, que é um Corolla hatch com bastante espaço de porta-mala (não somos fãs de sedan).  Fomos a várias lojas pequenas olhar os Matrix usados e rapidamente aprendemos que carro semi-novo (1 ou 2 anos) no Canadá é muito provavelmente carro que foi de locadora - aqui as pessoas ficam bastante tempo com os carros então o normal são carros com no mínimo 3 ou 4 anos de uso.  Lá fui eu pra internet pesquisar se valia à pena ou não comprar antigo carro de locadora, muita gente fala que sim, muita gente fala que não, mas decidimos que não iríamos correr o risco.

Passo 6 - mais aprendizado.  Depois de 3 dias de visitas frustradas a lojas de carro, com vendedores empurrando carros de locadora sem falar que era de locadora (só descobri pois a chave reserva que estava no porta-luvas tinha o logo da locadora), carros com retoques na pintura tão toscos que até eu percebi, bancos sujos etc, decidimos que iríamos comprar em concessionária.  A Toyota oferece um programa chamado Toyota Certified, onde eles checam 129 itens dos carros usados e dão 1 ano de garantia de motor e câmbio.  Lá fomos nós numa concessionária Toyota, dispostos a pagar um pouco mais por comprar o carro em concessionária - já tínhamos finalmente sacado que também não existe almoço grátis e que os carros das lojas pequenas eram mais baratos por serem antigos de locadora e que teríamos que pegar um carro um pouco mais antigo pra caber no nosso orçamento.  Eles tinham 2 Matrix lá e finalmente fizemos um test drive no carro (as lojas pequenas não permitiram) - o 1o carro que testamos a direção estava vibrando que nem doida, o 2o estava OK.  O 2o tinha kilometragem mais alta que o primeiro e mesmo assim o cara da loja queria cobrar $500 a mais pelo carro (a justificativa dele é que o carro custou mais caro pra ele - e eu com isso?).  Aí ele veio com aquele papo de que iria consertar o outro carro mas, na boa, esse é irmão desse e achamos que era muito risco.  Aí vieram as surpresas: em cima do preço anunciado, eles cobram mais um monte de taxas extras - as famosas "hidden fees": pelo tal do Toyota Certified, queriam cobrar $690; depois mais $500 de sei lá o quê, $200 de outra coisa...  Quando começamos a tentar negociar o vendedor foi meio arrogante, dizendo que a gente tinha um problema pois a gente tinha um budget para comprar o carro - nada de querer ajudar o cliente, mostrar outras opções.  Saímos de lá p. da vida e decididos a pagar um pouco mais caro e comprar um carro zero pra não ter dor de cabeça.

Passo 7 - visitando concessionárias.  Já exaustos com tudo isso, lá fui eu então em concessionárias pra ver valor de carro zero.  Nessa já tínhamos devolvido o carro alugado, então fui nas concessionárias aqui perto de casa.  Os anúncios no jornal eram de taxas de juro super baixas (as vezes até 0%), pois dezembro é um mês bem devagar nesse mercado - fui tentar ver se alguém me dava crédito.  Primeiro fui na Toyota e mudei o discurso - falei que estava olhando Matrix usado e zero e que, se eles conseguissem uma boa taxa pra mim pra financiamento ou leasing, eu pegaria um zero.  O vendedor nem me mostrou o carro, só queria saber do valor da parcela, bem no estilo "quer pagar quanto?".  Ele me fez uma proposta indecente de um leasing dando $5.000 de entrada e 2 anos de prestação que no final eu pagaria um dinheirão e ainda teria que devolver o carro; já pra um Matrix usado me passou um preço mais ou menos à vista.  Lá fui eu na Hyundai (que depois descobri que era do mesmo dono da Toyota e de várias outras concessionárias em downtown) - cheguei com seguinte discurso: eu quero uma Tucson, mas não sei se posso pagar; outra que me interessa também é o Elantra perua.  Na hora o rapaz que me atendeu falou: te interessa uma Santa Fe?  Eles tinham acabado de receber uma Santa Fe 2007 usada que tinha entrado como parte de pagamento, o carro ainda estava sujo e sendo checado pelo mecânico.  Dei uma olhada de longe e falei "meu marido vai querer a Santa Fe", mas lá fui eu olhar o Elantra. O carro é muito bom, tem bastante espaço interno - a Hyundai no Canadá, como no Brasil, oferece mais por menos: mais conforto, tecnologia, garantia por menos que uma Toyota por exemplo.  Eles tinham um carro de demonstração (que eles usam pros test drives) e o vendedor me deu um excelente desconto (apesar de ter uma relativa kilometragem, as montadoras vendem os demos como zero e dão toda garantia).  Como em todas as outras lojas e concessionárias, eles tentaram me pressionar pra fechar na hora, mas voltei pra casa com calma pra discutir tudo com o marido.  Com relação a financiamento, o próprio gerente recomendou eu usar o meu limite do HSBC, pois eles não iriam conseguir uma taxa melhor pra mim.

Passo 8 - a decisão.  Chegando em casa, mostrei o folheto do Elantra pro meu marido e comentei da Santa Fe - ele na hora falou "ah, eu prefiro a Santa Fe".  A Santa Fe usada era beeem mais barata que o Elantra zero, além de ser um carro com muito mais conforto.  E também tem aquela coisa de brasileiro que jamais poderia ter esse carro no Brasil (sem contar o custo da blindagem, rs rs rs).  No dia seguinte liguei de manhã na concessionária e avisei que iríamos mais tarde e gostaríamos de fazer um test drive na Santa Fe.  Chegando lá o carro já estava pronto, esperando a gente.  O marido não precisou de 2 minutos pra decidir que era esse carro mesmo - super estável, confortável e com todos os opcionais (inclusive aquecimento nos bancos, que o meu marido carinhosamente apelidou de "butt warmer").  Decidido, começou a negociação - não foi fácil, ficamos lá quase 2 horas, mas meu marido conseguiu baixar $500 do preço inicial que eles estavam pedindo.  Aqui não existe cobrança de despachante - a loja providenciou o licenciamento, emplacamento etc como cortesia, cobrando o valor que o governo cobra mesmo.

Passo 9 - recebendo as chaves.  Nós demos uma entrada no cartão de crédito e o saldo pagamos apenas na hora de retirar o carro - fiquei impressionada!  Foi tudo muito rápido, nós fechamos o negócio na 4a, 6a de manhã mandei as infos do seguro (assunto pra outro post) e na 6a final da tarde pegamos o carro.  No dia seguinte, já pusemos o pé na estrada em direção aos States, onde passamos a semana do Natal.

Jojo adorou o carro novo!

Principais dicas pra quem está chegando e vai comprar um carro usado:
- Venha preparado com o dinheiro pra pagar à vista.  Financiamento existe sim, mas ser aprovado é difícil e as taxas de juro pra quem não tem histórico são altas.  Mesmo pra quem conseguir emprego, muitas financeiras não liberam o crédito pra quem está em período de experiência (que pode ser de até 6 meses) - a minha empresa concordou em me dar um employment letter sem mencionar que eu estarei no período de experiência (a headhunter negociou isso com eles), mas acabei não precisando.  Pra quem ainda não veio, tente abrir a conta no HSBC Premier e, quando chegar, aceite o limite de crédito de cheque especial (chamado de overdraft limit), pois pode ser muito útil.
- Exija sempre um relatório chamado CarProof - ele mostra onde o carro já foi licenciado (aqui em Ontario carro que já foi licenciado em Québec perde valor!) e, principalmente, se já houve registro de acidentes com o veículo.  Mas fique esperto: muitos acidentes pequenos não são reportados para as seguradoras e não vão para o CarProof!
- Pesquise muito o valor dos carros nos sites AutoTrader e Wheels.ca.  E lembre-se da máxima: quando a esmola é muita, o santo desconfia - desconfie mesmo, pois não existe almoço grátis.
- Fique atento pois muitas lojas falam que o veículo é off-lease (devolução de leasing) mas "esquecem" de mencionar que o tal leasing era de locadora - se o carro foi de locadora, o valor cobrado pela loja tem que ser menor que similares de usuários particulares.
- Não tenha medo de comprar carros com 100, 200 e até 300 mil km.  Óbvio que "you get what you pay for", mas como as estradas aqui são boas e as distâncias são grandes, carros às vezes com 300 mil km podem ser uma opção boa e barata pra quem está chegando.  O carro do meu tio está com 300 mil km e nunca deu dor de cabeça - ele pagou uns 3.000 dólares por ele.
- Se possível, pegue referências com conhecidos sobre lojas para comprar o carro.
- Fique esperto com as "hidden fees".  Outra coisa - a concessionária tentou empurrar pra gente uns 5.000 dólares de coisas extra, como garantia estendida, proteção contra ferrugem etc - como no Brasil, tudo que é comprado em concessionária é mais caro.  Se você tiver interesse em garantia estendida e coisas do gênero, pesquise antes se vale à pena e se existem outras alternativas no mercado.  Nós optamos por não comprar pois o valor era altíssimo e é apenas garantia, não cobre manutenção e desgaste natural.
- Nunca caia da conversa dos vendedores para fechar na hora.  Volte pra casa e pense com calma.  Quando voltar, negocie pois sempre tem um chorinho :-)

Happy driving!

4 meses de Canadá e emprego!

Feliz ano novo a todos!  Esse post estava no rascunho há tempos e com as festas acabei atrasando a postagem.

É isso aí pessoal!  Um pouco antes de completarmos 4 meses de Canadá no início de dezembro consegui meu emprego!  Uhu!  Começo dia 4 de janeiro, o que foi ótimo pois não precisamos mudar nossos planos de final de ano.

Consegui um emprego exatamente no que eu queria (e que estava tentando no Brasil e não conseguia de jeito nenhum).  Tenho experiência suficiente para um cargo de gerência, mas conversando com os headhunters daqui todos recomendaram que eu tentasse vagas de assistente para poder me familiarizar bem com o mercado e depois sim ir pra gerência.  O famoso dar um passo pra trás para depois dar dois pra frente.  Já fiz isso no passado e valeu muito à pena!

Esse emprego agora em dezembro foi fruto da minha pesquisa que começou ainda no Brasil (pra quem não leu, segue link do post).  Aos poucos fui entrando em vários grupos de emprego/marketing no Canadá e descobrindo vários headhunters.  Essa empresa de recrutamento foi uma das que apareceu na minha pesquisa e me cadastrei no site deles.  Passei então a receber e-mails de vez em quando com vagas.  Na semana anterior à nossa vinda, mandei meu CV pra uma vaga que vi em um dos e-mails e na nossa 2a semana no Canadá uma das headhunters (Tracy) me chamou para a entrevista.  Na época não deu em nada, mas vi que ela gostou muito de mim.  Nesse meio tempo, fiz vários processos, mandei zilhões de CVs e num momento em que eu estava meio pra baixo pela falta de retorno, peguei o telefone e liguei pra essa headhunter.  Ela custou alguns segundos pra lembrar de mim e depois falou que não imaginava que eu ainda estaria procurando depois desse tempo todo - ou seja, tinha esquecido de mim e não estava me considerando para novas vagas.

Na hora que eu liguei ela falou que a outra HH que trabalha com ela, a Laura, tinha uma vaga perfeita pra mim.  Nisso ela falou com a Laura e ela disse que já tinha fechado a vaga com outra candidata, mas a Tracy já começou a ver outras coisas pra mim.  Poucos dias depois a Laura me liga e a outra candidata tinha desistido e ela estava começando a busca do zero de novo.  Fui até o escritório dela conhecê-la pessoalmente e ela já me avisou que a principal preocupação dela e provavelmente da empresa seria o fato de eu ser superqualificada para a vaga.  Mas, vamos em frente.  1a rodada de entrevistas na empresa, falei com o meu futuro chefe e a diretora de RH.  Meia hora depois, ela me liga marcando outra rodada para o dia seguinte, dessa vez com uma das diretoras de marketing e a pessoa de vendas responsável pela marca.  Isso foi numa 6a feira.  No domingo me liga a Laura de novo desesperada, pois a empresa queria marcar uma outra entrevista pra mim, dessa vez com a VP de marketing, pra 2a feira de manhã pois na sequência ela ia viajar.  Deu tudo certo e lá fui eu fazer a entrevista.

A Laura me ligou depois dizendo que eles tinham gostado muito de mim e queriam agora checar as minhas referências.  Ela pediu 2, acabei dando 3 e ela ligou pras 3.  Obviamente escolhi minhas referências a dedo, só ex-chefes que tinham muitos elogios a fazer.  Na 4a feira ela me liga para dizer que eles estavam prontos para fazer uma oferta, mas que meu futuro chefe queria apresentar a oferta pra mim pessoalmente.  Achei isso bárbaro e ele, super atencioso, marcou o meeting em downtown para eu não precisar ir até Markham (uma cidade ao lado de Toronto, onde fica o escritório da empresa).

Encontrei com ele num Starbucks aqui no centro e ele me apresentou a proposta.  Fiquei super feliz, pois eles aumentaram em 5% o valor do salário, pois levaram em conta que eu tinha mais experiência etc.  Também falou que eles já conversaram internamente e que pretendem que eu mude de marca depois de + ou - um ano para que eu consiga ter uma visão bem ampla do mercado.  Uma coisa que eles precisam fazer nessa empresa por conta de acordos de importação com os EUA é um background check completo - juro, pediram mais coisas que o consulado canadense, rs rs rs.  Eles contratam uma empresa que faz background checks no exterior para ver se a pessoa não tem problemas com a justiça etc etc e inclusive, checagem com antigos empregadores (a Laura me contou que um candidato, canadense inclusive, tinha sido condenado não sei em que país por ter roubado dinheiro da empresa).  Apesar de eu não ter nenhum problema com a justiça confesso que me senti um pouco invadida sabendo que uma empresa X estava chafurdando a minha vida Brasil a fora, mas faz parte.

Impressionante como o mundo é globalizado: uma brasileira vai trabalhar numa empresa americana no Canadá, com um chefe indiano, com marcas voltadas para o público imigrante do sudeste asiático.  Que francês que  nada, o importante por aqui é falar mandarim!

Ano novo, emprego novo, vida nova!

Feliz 2011 pra todos!