A grande questão é: o que noticiar se aqui não acontece quase nada? Estou exagerando, óbvio, mas comparado com o Brasil com desgraças, assassinatos, pobreza, corrupção etc o Canadá acaba tendo pouco assunto.
Muitas vezes eu e o meu marido começamos a gargalhar assistindo o jornal - notícias como "homem desconhecido suspeito de rondar casa no bairro X" são tratadas com uma magnitude só possível num lugar onde essas são as piores coisas que podem acontecer. Acho que com o tempo vamos nos acostumando e não vamos mais nos surpreender vendo notícias assim.
Semana passada "o" assunto na TV, rádio etc era o transporte de 6 mega tóneis de cerveja que a Inbev importou da Alemanha e que precisavam ser transportados do porto de Hamilton até a cervejaria Molson. Cobertura extensa sobre o assunto, entrevista com o pessoal da empresa responsável pelo transporte etc. No fim nevou e os coitados não conseguiram completar a viagem no tempo previsto. Hoje encontrei essa foto no G1, realmente impressionante:
O noivado do príncipe William mereceu super-mega destaque em todos os telejornais além de uma edição especial da revista Maclean's analisando todo o assunto, detalhes da cerimônia, opiniões, artigos, análise do impacto do casamento para a economia canadense etc etc etc.
Hoje infelizmente o assunto na cidade além da neve que atrapalhou a vida de todo mundo, foi um cidadão que roubou uma caminhonete dessas que se usa para tirar a neve (snowplow), dirigiu feito doido pela cidade por quase duas horas e acabou atingindo um policial na cabeça com o snowplow. A polícia finalmente conseguiu prender o infeliz, mas o policial veio a falecer pouco depois por conta dos ferimentos (link da notícia aqui). O chefe da polícia estava no hospital aguardando notícias, toda a mídia fazendo vigília do lado de fora esperando notícias sobre a saúde do policial e, depois da má notícia, centenas de pessoas começaram a enviar mensagens de solidariedade e condolências para a família do policial (tudo noticiado, inclusive lendo as mensagens ao vivo no jornal). Quando eu estava voltando pra casa do trabalho, ouvi no rádio que iam fazer um especial sobre o policial no principal jornal das 18 horas.
Uma coisa que percebi no jornal impresso e na Maclean's é que a maior parte dos textos acabam sendo análises de colunistas sobre fatos de interesse geral do que reportagens em si. Principalmente no jornal, já que eles precisam imprimir um bem gordinho todos os dias.
Coisa boa: assinaturas de jornais e principalmente revistas são muito mais baratas que no Brasil. Fazendo uma assinatura, cada exemplar da Maclean's sai 75 centavos - uma pechincha comparando à revista Veja (só do reembolso de parte da assinatura que cancelei antes de vir pra cá recebi R$280) - no nosso caso, pagamos 3 dólares por mês junto com a conta de celular pela assinatura. Outras revistas também são super baratas para assinar e as assinaturas estão sempre em promoção - ganhei de brinde da Rogers a assinatura por 3 meses da Canadian Business, ainda não comecei a receber. Ainda estou analisando se farei uma outra assinatura de jornal (talvez do Globe & Mail dessa vez) - e a vantagem é que aqui também temos assinatura só para o final de semana por exemplo.
Olá !!!
ResponderExcluirNão vejo a hora de só ouvir coisas boas nos telejornais!
Enquanto isso......aqui na selva...... ontem.aconteceu uma grande tragédia em Friburgo / Teresópolis devido `a chuva e ONDE vc acha que estava o Gov Sergio Cabral?!?!?!?
Em PARIS !!! De FÉRIAS !!!!! Sim, ele começou a trabahar no dia 1 de janeiro.... pois foi seu primeiro dia de trabalho no segundo mandato, correto?
E ele já entrou DE FÉRIAS !!!!
Me diz em que lugar do mundo vc começa num emprego no dia 1 e dez dias depois já está de férias?????? CLARO, no Brasil !!!!
Num país com governantes assim a TV não pode ter outro tipo de notícia que não sejam tragédias!
Me conta uma coisa: Como vc fez para cancelar a Veja???? Eu telefonei para cancelar e a moça disse "A sua assinatura foi promocional _ pague 1 ano e receba 3 anos _ e sua assinatura está totalmente paga pq a sra acabou de pagar em out de 2010 mas tem direito a receber a revista até Out 2012. Se quiser, poderá transferir para outra pessoa/endereço ou ainda poderá suspender por até 1 ano e neste caso seu período será prorrogado" .
Eu perguntei se poderiam devolver $ e ela disse que não, pq o período foi de 1 ano e este 1 ano já rolou e que estas q receberei até 0ut de 2012 são da "promoção" .
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Eh isso mesmo??? Eles poderiam devolver $ para o meu cartão de crédito?? O seu tbém era assim (pague 1 e leve 3 ?) Como fazer? Se tiver um tempinho please me fala como fazer. Queri cancelar essa ****. rs rs
Obrigada !
Thanks pelo Post !!! Como sempre... ótimo !!!
Bjs da Dupla
Obrigado pelas dicas mega valiosas!
ResponderExcluirÉ interessante como o dinheiro vale mais em seu valor "verdadeiro" no Canadá do que no Brasil. Quem ganha 3000 líquidos no Canadá, faz milagres, quem ganha 5000 líquidos no Brasil, talvez não tenha as mesmas possibilidades de utilização daquele dinheiro.
Eu sou daqueles viciados em tecnologia, e há a possibilidade de obter estas revistas e jornais em dispositivos como leitores de ebook e tablets. É um sonho para amantes de tecnologia e leitura!
Abraços.
Já por aqui, os telejornais só falam da tragédia no Rio. Gente, e que tragédia!
ResponderExcluirMuita chuva, muita devastação e muitos mortos.
Uma tristeza só...
abraço pra vcs.
diariocanadabrasil.blogspot.com
O caso do policial deixou o país chocado. Aqui em Vancouver não foi acompanhado minuto a minuto como em Toronto, mas passou em todos os jornais e todos comentaram.
ResponderExcluirFalei com o meu marido este fato... quantos policiais morrem no Brasil fazendo seu trabalho? Ninguém pensa nos filhos e na esposa, isso não aparece no jornal. A banalização da violência é tamanha que isso deixa de ser notícia.
Bjos
Detalhe sobre o policial que veio a falecer: primeiro policial morto em 9 anos. Isso mesmo, anos.
ResponderExcluirE a vida segue...
Até as enchentes no Brasil apareceram no Toronto Breaking News.
ResponderExcluirCésar, essa dos 9 anos não sabia - impressionante.