terça-feira, 18 de dezembro de 2012

Como eu perdi e recuperei o cartão de débito do HSBC 3 vezes!



No post que eu fiz sobre o HSBC há pouco tempo comentei que perdi o cartão de débito 3 vezes.  A pedidos, conto aqui um pouco como foi perder e recuperar o cartão!

As máquinas do HSBC são daquelas que “engolem” o cartão – no Brasil é raro ver essas bichinhas, acho que até por questões de segurança, mas aqui elas estão por todos os lados.  Quando eu vou tirar dinheiro, a máquina do HSBC primeiro “cospe” o cartão, depois entrega o dinheiro.  Ainda pisca uma luzinha e apita, assim você não esquece o dito-cujo lá.  Todas as vezes que perdi o cartão, no entando, estava depositando dinheiro ou cheque – você coloca o envelope, a máquina cospe o recibo e só depois cospe o cartão.  Eu na correria, com a carteira na mão, bolsa na outra, sempre com pressa, esqueci o raio do cartão na máquina não uma, nem duas, mas 3 vezes!

A 1ª vez que perdi o cartão foi no verão desse ano.  Saí do trabalho meio-dia numa 6ª feira, depositei alguma coisa no HSBC e fui fazer uma entrevista de emprego em Mississauga.  Chegando lá, na hora de pagar o estacionamento me dei conta que estava sem o cartão.  Na hora imaginei que tivesse deixado na máquina, liguei desesperada no HSBC – queria ligar na agência pra perguntar se tinham achado mas não conseguia encontrar o número da agência pela internet, acabei caindo no 1-800 deles.  Óbvio que ainda era final de semana prolongado, o rapaz do 1-800 falou que ia suspender o cartão temporariamente até eu confirmar na 3ª feira se eles tinham guardado o cartão lá ou não.  3ª feira, ufa, consegui achar o telefone da agência e o cartão estava lá esperando por mim!  Já fui esperta e anotei o número de telefone da agência no celular.

Na 2ª vez, passei no banco na hora do almoço e de lá fui no Mc.  Chegando no Mc dei falta do cartão.  Já escolada, liguei na agência e a recepcionista já estava com o meu cartão.  Na volta do Mc, passei lá e peguei o cartão de volta, simples assim.  Acho que nem pediram pra ver ID nem nada.

Na 3ª vez foi de noite na agência perto de casa, de novo numa 6ª feira.  Fiquei até encucada pois tinha uma pessoa esperando pra usar a máquina depois de mim e não foi atrás de mim avisar que eu tinha deixado o cartão lá?  Mas saí do banco com tanta pressa também... Bom, dessa vez nem liguei pro banco no final de semana pra tentar suspender/cancelar o cartão, afinal, o dito-cujo tem chip e senha.  Passei lá no final de semana pra procurar o cartão e não achei.  Quando foi na 2ª feira, liguei na agência e estavam com o cartão lá de novo esperando por mim.  A única coisa é que eu tinha que ir pessoalmente buscar naquela agência, mas como o horário não batia pra mim, solicitei outro cartão.  Fui no almoço na agência perto do trabalho, eles me deram um cartão temporário e 1 semana depois o cartão novo chegou pelo correio.

O que me impressionou nesse processo todo foi a minha reação: do desespero da 1ª vez para a calmaria da 3ª vez!  Nada como morar num país com baixa taxa de criminalidade!

quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Comprando bebida alcoólica em Ontario


No Canadá, cada província tem uma regra com relação à compra de bebidas alcoólicas.  Se em Alberta dá pra comprar vinho no Costco, em Ontário você está limitado às lojas do governo e algumas (poucas) outras lojas gerenciadas pelas maiores vinícolas.

Tudo isso começou na época da lei seca e a LCBO (Liquor Control Board of Ontario) foi criada em 1927.  Mais ou menos na mesma época, o governo criou um sistema para distribuição e venda de cerveja, que hoje é a Beer Store, cujo controle está nas mãos das maiores cervejarias do Canadá (AB Inbev e Molson).  O negócio de bebidas alcoólicas em Ontario movimenta $8 bilhões de dólares por ano e desses, $1.5 bilhões vão para programas pagos pela província como saúde e educação.  Existe uma campanha para acabar com o monopólio da LCBO principalmente para que produtores menores consigam vender seus produtos, mas esse é um assunto polêmico e já estamos há 85 anos com a lei, sabe-se lá quanto tempo vai demorar pra mudar.  Quem tiver interesse, há um relatório bem interessante no site do governo http://www.fin.gov.on.ca/en/consultations/basr/report.html

Eu particularmente gosto da LCBO e da Beer Store.  Como tudo nessa vida, o ser humano acostuma.  No começo era meio estranho ter que programar minha compra de bebidas e ter sempre um estoque em casa (foi convidado pra casa de alguém de última hora num feriado?  Impossível achar uma loja de bebidas aberta!), e eu gosto do fato de o preço ser tabelado, então não é preciso ficar fazendo pesquisa como fazia no Brasil.  Apesar dos impostos do Canadá, vinho por aqui ainda é mais barato do que no Brasil, mesmo vinhos argentinos, que deveriam ser beneficiados pelo Mercosul.  Cerveja em geral já é bem mais caro que no Brasil, até porque aqui há um preço mínimo que pode ser cobrado pela cerveja (e, convenhamos, acho que as próprias cervejarias não se interessam em baixar o preço, já que eles são donos do monopólio).  Outras bebidas (hard liquor) são bem caras aqui se comparado com preço nos EUA e no free-shop.  Tanto que quanto você faz uma festa em casa, é super comum o BYOB - bring your own booze, ou traga sua própria bebida.  Simplesmente é impossível sustentar bêbado por essas bandas, então o dono da festa normalmente tem um pequeno estoque e os mais bebums têm que trazer o que quiserem "entornar" a mais.

A LCBO tem mais de 600 lojas em Ontario.  Eu ADORO comprar vinho com carrinho de supermercado – pois é isso que essas lojas são, supermercado de vinho, loja de brinquedos para adultos!  A loja mais bacana da LCBO em Toronto é a loja Summerhill, que fica dentro de uma antiga estação de trens!  A loja é linda, tem muita variedade e também um tasting bar, onde você pode provar alguns vinhos antes de comprar.  Eles têm espaço para eventos mas eu infelizmente nunca fui a um!  A LCBO tem uma app bárbara pra iPhone, onde você consulta o nome do produto e já vê em qual loja tem estoque.  Ele também mostra rapidamente o horário de funcionamento das lojas e qual a loja mais perto da sua localização – importante se você está em uma parte da cidade que não conhece.  Além de vinho, a LCBO também vende cerveja e todos os outros tipos de bebida.  Agora no final do ano, aparecem todos os “kit-presente”, que são uma graça!

Fachada LCBO Summerhill

Hall principal - LCBO Summerhill

LCBO  Summerhill

A BeerStore é mais feiona e tem “cheiro de bêbado”.  Isso porque as BeerStore operam o programa de reciclagem, então todas as lojas recebem garrafas de vinho e cerveja usadas – e por isso fica aquele cheirinho de cerveja derramada.  As BeerStore não são muito agradáveis de se comprar – em muitas delas não há produtos em display, apenas uma parede (foto abaixo) com uma lista dos produtos e preços, você tem que decidir rápido pra não segurar a fila atrás de você.  O programa de reciclagem é outra coisa que você se acostuma por aqui – paga-se 10 centavos por garrafa/lata de cerveja e 20 centavos por garrafa de vinho e outras bebidas de depósito que é devolvido se você devolver a garrafa.  A gente nem devolve tanto pelo dinheiro, mais pela consciência ecológica mesmo.  O programa de reciclagem da Beer Store é um dos melhores do mundo, então precisamos fazer a nossa parte.  Em casa temos o nosso Bottle Bin pra organizar as garrafas





A outra opção para comprar vinho é em lojas das próprias vinícolas de Ontário.  A maior rede é a Wine Rack, que é da Vincor, dona de várias vinícolas por aqui.  O bom da Wine Rack é que os horários são mais flexíveis que da LCBO (várias lojas ficam abertas até 11 da noite – já precisei em emergências!), o ruim é que só vende vinhos de Ontário.  Muitos vinhos produzidos aqui são bons, mas no geral o custo x benefício não vale comparado a vinhos argentinos, por exemplo.



Quem vai visitar vinícolas em Niagara-on-the-Lake e outras regiões também pode comprar nas lojinhas – muitas vezes os vinhos vendidos lá não estão disponíveis na LCBO.  Quando fomos na Jackson-Triggs pegamos uma promoção excelente de icewine, a $25 por garrafa.  Um dado de 2004 diz que Ontário tem 120 vinícolas!

Quando viajamos sempre trazemos bebida de volta.  Aqui não é aquela alegria do Brasil com freeshop na volta (inclusive, no aeroporto de Toronto não há freeshop na volta) – o limite é 1.5 litros de vinho OU 1 litro de hard liquor OU 24 garrafas de cerveja – e tudo isso se você tiver ficado no mínimo 24 horas fora do país.  Quando fomos pra Cuba trouxemos 1 garrafa de rum cada e nas viagens pra Argentina e Alemanha também trouxemos vinho.  Tive que pesquisar muito pra saber, afinal, qual era o imposto cobrado se eu trouxesse mais do que minhas 2 garrafas, e descobri que para vinho é 40% (para hard liquor é muito mais, não vale à pena passar da quota).  Das duas vezes que trouxe a mais declarei e das duas vezes os oficiais me deixaram passar sem pagar imposto, acho que ficaram com preguiça, ufa!

Ah, tanto a LCBO, quanto a Wine Rack quanto a Beer Store têm bebida gelada!

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Só no Canadá XI - Prefeito de Toronto exonerado do cargo por causa de 3 mil dólares!


IMPRESSIONANTE!

Ontem mesmo estava comentando com o meu primo que veio visitar que o prefeito de Toronto era um fanfarrão, só metia os pés pelas mãos etc.  

Sinceramente, a eleição dele foi logo depois de termos chegado aqui, então até hoje não entendi muito bem porque esse sujeito foi eleito (aparentemente foi porque prometeu cortar custos, mas aí a sugestão dele foi cortar as bibliotecas e o assunto não foi pra frente).  Enfim, nunca fui muito com a cara dele.

Hoje m juiz deu a sentença de que ele tem 14 dias para sair do cargo por conta de um conflito de interesses.  Em fevereiro, ele votou para ele mesmo não ter que pagar de volta $3,150 em doações para uma instituição de caridade de futebol americano que ele lidera!  Sim, minha gente, o “fofo” perdeu a prefeitura por conta de 3 mil dólares de doação para uma instituição de caridade!

Ele ainda pode recorrer da decisão, mas que é impressionante, ah isso é!




Toronto Mayor Rob Ford has been ousted from office after he was found guilty of violating the Municipal Conflict-of-Interest Act. The decision is related to Mr. Ford's vote in February to relieve himself of the requirement to pay back $3,150 in improper donations to his football charity. The penalty for violating the MCIA is automatic removal from office.

Algumas “pérolas” do cidadão (podem parecer bobagem, mas todas foram um escândalo)

- Se recusou a ir na Parada Gay de Toronto (o maior evento da cidade) pois ia passar o feriado no cottage da família

- Falar no celular enquanto dirige

- Mostrou o “dedo do meio” para uma mulher e sua filha que reclaram que eles estava falando no celular enquanto dirigia


quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Avaliação do HSBC após 2 anos de Canadá

Muito já foi falado sobre o HSBC em diversos blogs e grupos de discussão, mas vira e mexe vejo gente perguntando de novo opiniões sobre o HSBC.  Essa semana mesmo deu debate sobre o tema em um dos grupos de imigração que participo.  Com mais de 2 anos de Canadá e quase 3 de HSBC, está na hora de dar um parecer atualizado sobre o assunto, visto que o último post completo sobre o HSBC fiz com 6 meses aqui.  Lembrando que a minha conta é no HSBC Premier e pago R$45 de tarifa mensal no Brasil (no Canadá a conta é isenta).


- Transferência entre países: essa é, de longe, a principal vantagem da conta Premier.  Com as contas habilitadas, é só entrar no site e fazer a transferência pelo câmbio comercial, com valor máximo de $2,950 por dia e $15,000 por mês calendário.  O dinheiro entra na conta rapidamente, coisa de poucas horas.  E, se você precisar mais do que isso, pode sacar $500 por cartão de débito por dia (no caso de conta conjunta, $1,000 por dia) da sua conta do Brasil em qualquer caixa do HSBC sem pagar tarifa.

Se você não quiser ou não puder ter conta HSBC Premier, há várias outras formas de transferir dinheiro do Brasil pra cá.  A mais fácil é fazer um wire transfer, como se fosse um DOC entre países - para isso você precisa ter conta aberta em ambos.  Cada banco cobra uma tarifa de wire transfer, já vi variar de $20 dólares a R$110 reais, pesquise no seu banco – a grande desvantagem aqui é que não é pelo dólar comercial, mas pelo dólar turismo, que só aí já dá um prejuízo de uns 10 centavos por dólar.  Se você for deixar procuração pra alguém fazer depois de chegar no Canadá, atenção: a procuração precisa especificar que a pessoa está autorizada a fazer operações de câmbio em seu nome.  Detalhe que normalmente os bancos pedem uma procuração atualizada há menos de 3 meses, então se você pretende fazer várias transferências, o coitado do seu procurador vai ter que ir no cartório de 3 em 3 meses!  Na época que transferimos o dinheiro para comprar a casa, pesquisei outras alternativas incluindo empresas de remessa, e a taxa do dólar para transferência pela internet pelo HSBC ainda assim era a melhor e não precisei pagar tarifa de transferência.

- Histórico de crédito “transferido”:  Só para esclarecer, o seu histórico de crédito no Canadá só vai existir depois de você realmente estar aqui e começar a pagar contas, ter cartão de crédito etc.  De acordo com o site CanadianImmigrant.ca, os bancos gostam de ter pelo menos 18 meses de “clean credit history” para começar a liberar crédito como financiamento de imóveis etc.  A vantagem do HSBC é justamente essa: por considerar o seu crédito “interno” no banco, você chegando aqui tem acesso à produtos que normalmente demoraria 18 meses para conseguir, como uma linha de crédito de até $25,000 com juros de 5% ao ano, cartão de crédito com limite alto e sem ter que fazer um depósito caução.  Mas, que fique claro, o fato do HSBC dar esses produtos pra você não quer dizer que isso vá afetar o seu histórico de crédito canadense, o que vai afetar o seu histórico é como você gerencia essas linhas de crédito, faz pagamentos em dia etc.

- Cartão de crédito sem caução: grande parte dos bancos oferece cartão de crédito para newcomers, mas normalmente com um limite de $1,000 desde que você deixe $1,000 parado na conta como caução.  Agora, quem imigra não tem dinheiro sobrando pra ficar parado por 1 ano sem render, certo?  O cartão do HSBC Premier é grátis, vem com vários seguros (includindo seguro para carro alugado nos EUA e Canadá, seguro saúde de $1 milhão em viagens etc), junta pontos ótimos (já usei várias vezes!) e o seu limite de crédito será de alguma maneira proporcional ao seu limite no Brasil.  Conosco, só conseguimos limite similar ao do HSBC em outros bancos depois de 2 anos de Canadá.

- Cheque entra na conta imediatamente: no Canadá a compensação de um cheque pode levar 5 dias.  Se você tem conta Premier, o dinheiro fica disponível na hora.

- Outros “extras”: coisas pequenas do dia-a-dia, como money order e draft cheque (cheque administrativo) de graça – já precisei dos dois algumas vezes e não precisei pagar nada.  Uma bela mão na roda também é que você não paga $1.50 de tarifa para sacar em caixas eletrônicos de outros bancos, coisa que uso o tempo todo pois HSBC não tem em qualquer esquina.

- Atendimento na agência: no começo não gostamos do atendimento da agência Yorkville em Toronto, que depois nossa gerente falou pra não irmos mais lá porque era ruim mesmo.  Sou muito bem atendida na agência que mais frequento perto do trabalho, não tem fila, consigo tudo que preciso rapidamente – por exemplo, euros para uma viagem sem complicação etc.  Já perdi meu cartão de débito 3 vezes (assunto pra outro post) e fui super bem atendida em todas.

- Atendimento do gerente: as contas internacionais ficam numa central em British Columbia e o gerente da sua conta é de lá.  Isso dá nó na cabeça de alguns funcionários e na hora que quisemos pedir o mortgage quisemos atendimento face-to-face e os gerentes das agências ficaram um pouco de má vontade.  Acabamos não fechando como HSBC pois eles colocaram um monte de burocracia que o RBC não colocou, então fizemos com eles. 

Por todos esses motivos a conta no HSBC Premier valeu e continua valendo à pena pra nós.  Infelizmente o atendimento no Brasil agora que temos a conta parada lá não é dos melhores, mas quando perco minha paciência mando uma mensagem pro Ombusman e alguém me liga rapidinho (fizemos isso aqui no Canadá também e ligaram no mesmo dia).   Conforme escrevi no meu post de 6 meses, acho importante ter uma conta em um dos Big Five aqui (BMO, CIBC, RBC, Scotia ou TD), que são bancos que têm em toda esquina, recebem transferência via email (outro dia precisei depositar na minha conta do CIBC uma transferência que fizeram pra Cindy do blog De Mala e Cuia pra Toronto, pois ela só tem HSBC e o HSBC não recebe) e possuem mais produtos de varejo do que o HSBC, que é um banco relativamente pequeno aqui.  E eu também acredito em ter mais de um banco (sempre tive no Brasil) pois se um não resolver o seu problema o outro resolve.

Se você vai manter ou não a conta no HSBC a longo prazo fica a critério de cada um, mas quem puder ter a conta HSBC Premier só tem a ganhar, principalmente no primeiro ano de Canadá. 

The Official Canadian Temperature Conversion Chart:

Para descontrair enquanto o inverno não chega...

The Official Canadian Temperature Conversion Chart:

50 Fahrenheit (10 C) 
Californians shiver uncontrollably. 
Canadians plant gardens. 

35 Fahrenheit (1.6 C)
Italian Cars won't start
Canadians drive with the windows down

32 Fahrenheit (0 C)
American water freezes
Canadian water gets thicker.

0 Fahrenheit (-17..9 C)
New York City landlords finally turn on the heat.
Canadians have the last cookout of the season.

-60 Fahrenheit (-51 C)
Santa Claus abandons the North Pole.
Canadian Girl Guides sell cookies door-to-door.

-109.9 Fahrenheit (-78.5 C)
Carbon dioxide freezes makes dry ice.
Canadians pull down their earflaps.

-173 Fahrenheit (-114 C)
Ethyl alcohol freezes.
Canadians get frustrated when they can't thaw the keg

-459.67 Fahrenheit (-273.15 C)
Absolute zero; all atomic motion stops.
Canadians start saying "cold, eh?"

-500 Fahrenheit (-295 C)
Hell freezes over.
The Toronto Maple Leafs win the Stanley Cup

sexta-feira, 16 de novembro de 2012

Yes, nós temos panettone!

No Brasil, quando começava a aparecer panettone nas lojas já sabia que estávamos perto do Natal (não ultimamente, pois já em setembro estão chegando nas lojas).

Anyway, nessa minha vida gringa já tinha até esquecido da existência do mesmo - não que já não tenha visto por aqui, inclusive comprei nos anos anteriores, mas simplesmente varreu-se-me da memória, como diz a minha mãe.

Eis que se não quando aparece hoje aqui na "firma" o dito-cujo:


Eu e a outra brasileira que senta do meu lado saímos correndo.  Detalhe que nem gosto tanto, é mais pelas memórias que ele traz.  A Simone é super "diet", não come nada de doce, e pegou um pedação!  A maioria dos canadenses fez careta, mas o bicho desapareceu em 10 minutos.

Obrigada aos imigrantes italianos no Canadá por fazerem um panettone mais gostoso e mais barato que o da Bauducco!  Por aqui, um bichinho desse de 900g custa uns $5.50 - um Bauducco de 1kg no Pão de Açúcar.com sai R$29,95!  Socorro!!!!

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Só no Canadá X - Quando 15 graus é calor

Olá leitores,

Post pra animar a galera para o inverno!

Uma das coisas que se aprende quando se muda de clima é que calor e frio é muito relativo.  Em São Paulo, se está fazendo 15 graus está todo mundo morrendo de frio, comendo fondue..., se for no Nordeste então, o mundo acabou!  Mesmo na Argentina, onde faz bem mais frio que o Brasil, fomos em setembro para um casamento e estava todo mundo congelando numa temperatura entre 10 e 15 graus.

Agora, pra canadense curtindo outono e se preparando para o inverno, 15 graus é um calorão!  Principalmente no meio de novembro!  Ontem, domingão, fomos abençoados com temperaturas entre 15-18 graus.  A foto abaixo tirei 5:45 da tarde, quando já estava escuro:


A vantagem de termos tido um domingo de "calor" foi cuidar da vida e aproveitar para fazer as coisas da casa.  Precisávamos varrer o nosso deck (veja estado em que o pobre se encontrava abaixo) e aproveitei para plantar meus bulbos de tulipa, já que não dá pra plantar se o solo estiver congelado.


Hoje, segundona, chegou a fazer 18 graus.  Mas, como alegria de pobre dura pouco, vamos cair pra zero de noite a temperatura máxima não vai chegar a dois dígitos mais essa semana.

Winter?  Bring it on!

segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Atualizando o status para PR no SIN e OHIP


Post para aqueles que conseguem a residência permanente depois de estarem no Canadá há algum tempo...

Se você veio com work permit, seu SIN number começa com o número 9 e é temporário, expira junto com o seu permit.  Muitas instituições de crédito olham torto pra quem tem SIN com 9, pois sabem que a pessoa não é residente permanente.  Assim que você fizer o landing, vá direto com passaporte, SIN antigo e record of landing a um Service Canada que eles te dão um novo número, dessa vez permanente.  Se você trabalha, não esqueça de avisar o seu empregador.  Você tem 30 dias pra fazer essa mudança.

Se você já tinha OHIP (nosso caso), também é bastante simples.  A questão é que nem todos os Service Ontario fazem a mudança de status, em Toronto são apenas 3 por exemplo.  Qualquer coisa é só ligar no 1-800 para confirmar os endereços.  Eu já tinha aprendido que é possível marcar hora no Service Ontario pela internet mesmo e hoje novamente fiz isso – cheguei lá e fui atendida em 20 segundos, não precisei esperar na fila com os outros.  Ah, e se você já tem OHIP não é necessário cumprir a carência de 3 meses novamente. Aqui também, você tem 30 dias para fazer a mudança.

Aproveitei a visita ao Service Ontario e pedi para a moça mudar o meu nome na carteira de motorista – no meu papel do work permit, um dos sobrenomes estava abreviado e assim ficou na carteira.  O papel do landing felizmente veio com o nome completo e já aproveitei o ensejo para solicitar a alteração.  Fiz isso pois uma colega de trabalho me falou que o nome dela no passaporte canadense está do jeito que está na driver’s licence (o nome dela é Ana Carolina, na licence está só Ana, e no passaporte se recusaram a colocar o Carolina).  Fica a dica.

quinta-feira, 25 de outubro de 2012

E-cas "Decision Made"

Só pra ficar registrado o nosso E-cas:



Só pra avisar, o serviço E-cas Tracker não funcionou, pois não recebi um email quando o status mudou para decision made.

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

O landing!


Sábado foi dia de fazer o landing!  Eu tinha um compromisso até 10:50, então só pudemos sair de casa 11hs.  Eu gosto de ir cedinho pros States pra pegar menos fila na fronteira, mas dessa vez não teve jeito.  Sugiro todo mundo ter no celular um bookmark das páginas de Border Wait Times tanto dos EUA quanto do Canadá.  Dessa vez baixei um app também, BorderBuddy, que fica mais fácil de consultar e diz que pega o tempo real dos viajantes, funcionou bem.


Eu queria pegar a Rainbow Bridge (perto das cataratas) pois era mais perto de onde íamos buscar a nossa mesa, mas o BorderBuddy e os luminosos na estrada nos avisaram que a fila lá era de 1:20, portanto fomos pra ponte de Lewiston, cidade que morei no intercâmbio, onde a fila era de 20 minutos.  Fui “rata” sempre ficando à direita, pois conforme a fila vai andando quem está à direita tem acesso a mais cabines e passa mais rápido.  Fui surpreendida quando o moço avisou que teríamos que entrar – não entendi porque, pois tanto eu e marido tínhamos carimbo válido para o EUA, mas vamos lá.

45 minutos de espera depois (isso que estavam trabalhando super rápido), Officer Martinez chama a gente – lembrávamos dele, pois já tínhamos passado com ele uma vez (ele obviamente não lembrava da gente).  O problema era que minha última entrada nos EUA com o passaporte português tinha sido por aeroporto e eles não grampeiam aquele papelzinho mais pra quem não precisa de visto e entra por aeroporto e, sabe-se lá porquê, o pessoal da Lewiston Bridge exige o raio do papel.  Já passei pela Rainbow e pela Peace Bridge só com o carimbo sem papelzinho, enfim, aprendi a lição e sem papel não vou mais por Lewiston.  O chato é que o Officer Martinez ficou fazendo aquele monte de perguntas, até porque marido tem um nome bastante comum e segundo o officer do aeroporto o perfil dele é acessado toda hora pelas agências americanas  – learning: dê um nome bem diferente para o seu filho!  Quando ele começou a perguntar qual o nosso status no Canadá, comentei que iríamos fazer o landing (até esse momento estava praticando o “don’t ask, don’t tell”) e mostrei meu passaporte brasileiro com o visto de imigrante, e ele fala “xi, acho que vou ter que mandar vocês de volta!”.  Eu “Nooooo!  We want to go shopping!!!”  Ele pergunta pro colega do lado que fala que tudo bem ele deixar a gente entrar nos States.  O argumento dele era que se a gente não fosse aceito pro landing seríamos mandados de volta pro último ponto de entrada, os EUA, e eu falei “we are good for it” (imagine, a Nina e a Jojo estavam em casa esperando a gente!).

Entrada nos EUA carimbada, paguei os maledetos $6 pelo papel que eu nem devia ter precisado em primeiro lugar, quando na saída percebo que estou com o recibo dos $6, o passaporte antigo do marido, o novo do marido, e o meu portuga.  Cadê o brasileiro???   Volto correndo “Officer Martinez, I think you have my Brazilian passport!” – desse jeito realmente os canadenses iam me mandar de volta!  Ufa!  Essa foi por pouco!

Fomos correndo na CBI buscar a mesa  que compramos na Amazon, pois eles fechavam 15hs.  Nossa tradição inclui uma parada no restaurante Honey’s, super americano, só tem comida trash deliciosa e barata!  De lá fomos pro outlet mall fazer umas comprinhas básicas, estava precisando de calça e umas roupitchas pro trabalho.  Vapt-vupt no shopping, parada rápida no Target, checamos o BorderBuddy de novo e decidimos voltar dessa vez pela Rainbow Bridge.  O bacana da Rainbow é que dá pra ver as cataratas, adoooro!



Aviso o oficial que íamos fazer o landing, ele me pergunta quanto tinha de compras e nos manda pra sala de dentro.  Uma mega fila pra pagar o imposto – eu achando que iam me dar um desconto no imposto pois estávamos fazendo o landing, que nada, a officer falou “primeiro paga o imposto depois passa naquela cabine ali pra fazer o landing”, aff!  Lá fomos nós, o oficial fala “xi, landing? Não sei se vai dar tempo de eu fazer”.  Eu perguntei se era o final do turno dele e ele explicou que de hora em hora os oficiais mudam de posto, então deu a papelada pra uma outra officer.  Mostrei meu holerith como prova de fundos e ele mandou a gente sentar.  Uns 10 minutos depois, a officer pediu minha carteira de motorista com o endereço.  Mais 10 minutos, chamou a gente, mandou assinar que nunca tínhamos cometido crime, sido deportados etc, avisou que a partir de agora éramos landed immigrants, que tínhamos que ficar 3 de cada 5 anos no país e toda aquela informação que a gente já sabia.  Durante todo o tempo ela nem olhou no olho nem nada, não falou welcome do Canada ou nada parecido, ficamos até sem saber se já tinha acabado o “processo”.  O bom é que ela explicou que se o PR card não tiver chegado, podemos sim ir pros EUA e voltar só com os landing papers se formos de carro, se formos por um “commercial carrier” tem que pedir o travel document pra voltar.  Info importante essa.

Foi isso.  O Officer Martinez no EUA acabou sendo muito mais simpático (e memorável) que a Officer X canadense (pois nem descobri o nome dela), mas o importante foi ter saído de lá com o landing feito!
Hoje já fui no Service Canada mudar o meu SIN number (dica, levem o cartão velho, eu vou ter que voltar lá pra devolver o antigo) e vou marcar um horário pra ir no Service Ontario mudar nosso OHIP.
Mais uma etapa vencida!!!


sexta-feira, 19 de outubro de 2012

Passaportes com vistos chegaram!

E são lindinhos!

867 dias depois dos primeiros formulários terem sidos enviados, muita dor de cabeça, dólares, envelopes e tracking da FedEx, eles chegaram!



Amanhã é dia de "drive around the flagpole" ou melhor, fazer um bate-e-volta até os States para o landing!

Uhu!!!!

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Só no Canadá IX: cachorro aqui não rói osso, rói chifre de veado!


Ou, no inglês, deer antlers!

Essa é a Nina!
Já havia comentado aqui que temos mais um cachorro, a primeira 100% canadense da família, a Nina!  Jojó não está gostando muito de dividir a nossa atenção com um puppy que não pára de atormentar, mas em compensação está ganhando passeios extras, já que a Nina é mix de Labrador com Collie e tem MUITA energia!




Nessa história de energia, Ninuca está roendo tudo em casa: rodapé, escada, fonte de computador, livro da biblioteca, sapato... caiu na rede, ela rói!  Eu sempre comprei aqueles ossos de couro de boi pra Jojo e um de tamanho médio durava meses – com a Nina, um gigante dura mais ou menos 1 hora.  Mesmo comprando osso na Dollarama, estava indo à falência, com os móveis todos melados de osso e mesmo assim com um cachorro com energia sobrando e ainda roendo tudo que encontrava pela frente.



Semana passada fiz uma pesquisa rápida na internet, com a intenção de encontrar algum lugar que vendesse osso mais barato, quando me deparei com a dica de “antlers” para cachorro.  Tem de todos os bichos, deer, elk, moose e a vantagem é que dura 6 meses (se durar 6 semanas acho que já estou feliz!).





Fui na PetValu achando que a moça ia me achar uma louca por perguntar sobre isso, que nada, eles tinham um monte de opções.  O precinho é que não é camarada, $29.99 por dois pedacinhos de chifre!  Comprei pra experimentar e tanto Nina quanto Joy adoraram!  Já achei uma pessoa que vende por kilo pelo Ebay nos States, da próxima vez que for pra lá vou encomendar e estocar!
Mais canadense do que isso, impossível!


quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Canadense eleito vereador em Santos

Essa não podia deixar de compartilhar!

Pois é, tem canadense fazendo o caminho inverso e morando na minha cidade-natal!  Pelo menos ele parece ter escolhido ser vereador pelos motivos certos:

“Tenho o hábito de conversar com meus alunos em sala de aula e formamos uma grande amizade. Costumo dizer que lá no Canadá as coisas funcionam e eles sempre brincam dizendo que eu deveria ser político, prefeito ou presidente, para que aqui fosse igual ao Canadá"

Espero que ele consiga alguma mudança e que meus conterrâneos caiçaras tenham uma cidade melhor pra viver.

Link do G1

Ex-militar canadense consegue cadeira no legislativo de Santos

Anna Gabriela RibeiroDo G1 Santos
Professor canadense é eleito vereador em Santos (Foto: Anna Gabriela Ribeiro/G1)Professor canadense é eleito vereador em Santos (Foto: Anna Gabriela Ribeiro/G1)













Canadense naturalizado brasileiro, Kenny Pires Mendes, conhecido como professor Kenny, acaba de se eleger vereador na cidade de Santos, no litoral de São Paulo, pelo partido Democratas. Ele atribui a vitória e o incentivo para entrar na política à seus alunos. Professor universitário, o ex-militar afirma que a bandeira que irá erguer enquanto vereador será a da educação.

Kenny chegou ao Brasil com seis anos de idade devido a uma doença da mãe, que recebeu recomendação médica para ir viver em um país com temperaturas quentes. Após o falecimento dela, Kenny voltou ao Canadá com o pai e graduou-se em engenharia. De 1989 à 1994 foi militar das forças de paz, em serviço pelo país de nascimento. “Enquanto militar, viajei pela Bósnia, Haiti, Somália e Kuwait, em missões de patrulhamento de paz”, afirma.

Ainda no Canadá, casou-se com uma brasileira e voltou ao Brasil em 1994, onde vive até os dias de hoje. “Já me considero um brasileiro, é o país que eu amo, o motivo por eu ter entrado para a política é esse”, relata o futuro vereador. O objetivo foi concretizado na terceira tentativa de se eleger, após refletir sobre as deficiências d Brasil. “Já viajei pelo mundo, e o Brasil é o país mais receptivo. O país é fantástico, os recursos naturais são intermináveis. O que estraga infelizmente é a política. Meu sonho era morar aqui com a política de lá, e aos poucos quero fazer uma mudança”, diz o professor.

Entre os planos para os próximos quatro anos, Kenny afirma que vai priorizar a educação. “Minha bandeira é a educação. Sou professor há 16 anos, tenho um sonho ligado à educação. Santos está crescendo rapidamente, com bacia pré-sal, turismo e Copa do Mundo, muitas oportunidades surgirão, mas o maior problema é a falta de capacitação. Uma ideia que quero colocar em prática é transformar as escolas municipais em centros comunitários de capacitação em seu horário ocioso”, conta o vereador eleito.

Além da educação, professor Kenny também ressalta questões ambientais e culturais. O professor leciona Inglês e Francês em termos técnicos para os cursos de Engenharia, Biologia e Farmácia da Universidade Santa Cecília (UniSanta). Kenny também dá aulas voluntárias de idiomas, para jovens dos morros de Santos.

Kenny explica que resolveu entrar na política por causa dos alunos, que sempre o incentivaram. “Tenho o hábito de conversar com meus alunos em sala de aula e formamos uma grande amizade. Costumo dizer que lá no Canadá as coisas funcionam e eles sempre brincam dizendo que eu deveria ser político, prefeito ou presidente, para que aqui fosse igual ao Canadá. Isso foi nutrindo, junto com a minha insatisfação da política. Meus maiores incentivadores com certeza foram meus alunos. Cerca de 99% eles e 1% minha insatisfação”, afirma
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terça-feira, 9 de outubro de 2012

Passaportes chegaram no consulado

Com um dia de atraso, pois o consulado estava fechando ontem por conta do Thanksgiving!

Espero que o T. Reis entregue-os direitinho na mão do oficial que está cuidando do nosso processo e que eles voltem logo pra cá!


sexta-feira, 5 de outubro de 2012

Chegou o pedido dos passaportes!!!


Que envelope pardo que nada, o consulado só se comunica com a gente por email (felizmente, pois estamos no ano 2012!).

Bom, oficialmente ficamos só 3 dias “presos” no Canadá (ainda bem que não fiz aquele visto extra!).  4a feira recebemos o seguinte email:

Dear Sir / Madam,

This is to advise that the processing of your application to immigrate to Canada has reached the stage where you are required to pay the Right of Permanent Residence Fee [RPRF] and send your passport (and your dependants’). This fee applies for the principal applicant and accompanying spouse, common-law or conjugal partner. The purpose of requesting the RPRF and passports at this moment is to try to expedite processing of cases that have passed eligibility.

Saí correndo na hora do almoço de ontem pra fazer um money order para o pagamento da taxa mas, Murphy explica, o HSBC estava sem sistema!  Pedi pro moço chinês me ligar avisando que o money order estava pronto e voltei lá correndo pra buscar – já tendo deixado os envelopes FedEx devidamente completos, impressos e com o envelope da volta também preparado!  Ainda bem que o HSBC é aqui perto (e que cliente Premier não paga money order!).

Como veio por email, não veio o tal selinho que o pessoal cola no passaporte como já vi em outros blogs.  Fiz meu selinho-tabajara com o nosso número do processo, just in case!

Mandei uma gentil cartinha pedindo para me devolverem o passaporte ASAP, já que moro no Canadá, que não posso ficar muito tempo sem, que tenho viagem a trabalho etc etc, pra ver se eles não demoram muito pra me mandar de volta.  Segundo a FedEx, o envelope chega lá 2ª, como é feriado aqui, 3ª vou tentar ligar pra Maura pra fazer pressão.

Quero is pros States buscar a mesa que eu comprei e fazer o landing – dois coelhos com uma “caixa d’água” só!

domingo, 30 de setembro de 2012

Estamos presos no Canadá!

Quando pegamos os vistos de estudo/trabalho, não imaginei que ainda estaríamos "contando" com eles até a data de vencimento hoje, 30/09/2012!  Mas, com todos os atrasos do consulado, esse dia chegou e estamos presos no Canadá!

Nossos work permits estão renovados até fevereiro de 2015, mas como usamos passaportes sudacas (argentino e brazuca), podemos morar aqui, mas se a gente sair não deixam a gente voltar (a não ser que paguemos mais $150 per capita pra tirar um novo visto de entrada).  Sinceramente, cansei de gastar dinheiro com visto e vamos ficar aqui aguardando calmamente nosso visto de residente permanente.

Com esse atraso todo pra sair a residência, alguns documentos foram vencendo como o SIN number (minha empresa que me lembrou de renová-lo) e OHIP.  Felizmente são documentos grátis e a renovação deles foi rápida.  Mas assim que sair a residência, vamos ter que voltar no Service Canada e Service Ontario por conta da mudança de status.

Agora a informação mais importante: podemos sim entrar e sair dos EUA só com o work permit (sem o visto canadense), portanto, muambas garantidas - importantíssimo, pois comprei uma mesa pela internet que preciso buscar em Niagara Falls!  Quem sabe o consulado acorda e vou buscar a mesa daqui a 10 dias e já faço o landing na volta???  O que não podemos é ir para um terceiro país que não seja os EUA (ainda bem que a nossa "temporada de casamentos" no exterior acabou há 3 semanas!)

Mas, verdade seja dita: ficar preso no melhor país do mundo não é lá tão ruim assim :-)

sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Como é caro escola no Brasil!

Post meio que redundante (todo mundo sabe que escola boa no Brasil é cara), mas pra quem ainda está em dúvida se vale à pena ou não mudar pro Canadá, segue mais uma estatística.

Um artigo dessa semana da Folha de São Paulo mostra as 50 escolas particulares mais bem colocadas no ENEM na cidade de São Paulo.  Vejam que da lista apenas 5 escolas custam menos de R$1.000 por mês e, numa cidade como São Paulo, localização é muito importante.  Eu que morava na Zona Oeste estaria numa região que em média os colégios custam acima de R$2.000 por mês por criança.

Tem que ser muito rico para morar no Brasil.  Eu moro no melhor school district de Ontario, e o custo para mandar meus futuros filhos pra escola é zero - já está "incluído" nos impostos que pagamos.  Pra quem tiver interesse, segue site com school rankings em Ontario, Québec, Alberta e BC:  http://www.compareschoolrankings.org/

As 50 melhores escolas no ensino médio pelo ENEM:

Fingerprints chegaram no consulado

Chegou no consulado o que espero ter sido o último documento antes da solicitação dos passaportes!

Fazendo figuinha para que um novo envelope pardo chegue na semana que vem!

Bom finde a todos!


quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Tocando piano (ou, tirando as digitais) para o processo de imigração

Salut pessoas!

Nessa resta final de processo Federal Skilled Worker (sim minha gente, o nosso ainda não acabou!), mais uma surpresa - emailzinho chega do querido Visa and Immigration Section do consulado do Canadá em São Paulo:

Dear Sir /Madam,
This e-mail is in reference to your permanent residence application, under assessment at this office. After reviewing your case, we noted that the following is missing:
  
- Police certificate from RCMP [fingerprints] for your spouse, XXXX
  
Sincerely,
Visa and Immigration Section
Consulate General of Canada / Consulat Général du Canada
Av. Nações Unidas,12.901 CENU Torre Norte - 16o andar 
04578-000 São Paulo - SP Brazil/Brésil  


Agora, como o consulado do Canadá não tem as minhas digitais (até a imigração argentina tem!) visto que eu moro aqui há 2 anos realmente não sei.  Pro marido não pediram nada, só pra mim.  A boa notícia é que isso significa que estão mexendo no nosso processo, recebemos o pedido de exames em maio e até agora nada.

Postei a pergunta no grupo do Facebook perguntando qual a melhor maneira de fazer isso aqui em Toronto, pois esse link que mandaram falam que dá pra ir na delegacia ou numa empresa particular.  Na minha cabeça delegacia = grátis, particular = tem que pagar.  Ainda bem que tem gente que já fez a pesquisa por mim, pois me explicaram que fazendo via delegacia pode demorar meses e indo numa empresa particular demora dias.  Funciona como um despachante: você paga um $$ e eles fazem a burocracia andar mais rápido.

Enfim, lá fui eu tocar piano.  Felizmente é tudo digital e não suja o dedo.  Fui na empresa Commissionaires na filial de Scarborough e felizmente não tinha ninguém.  Foi tudo muito rápido, mas saí de lá $56 mais pobre.


Seguindo recomendação do pessoal do grupo, pedi para os resultados virem pro meu endereço de casa para eu mesma mandar pro consulado, pois a RCMP manda tudo por correio normal e todo mundo aqui já sabe como uma carta Canadá-Brasil via correio normal pode demorar pra chegar...

ATUALIZAÇÃO: demorou 2 semanas para o papel chegar em casa pelo correio, mas chegou.  Enviei no mesmo dia via FedEx para o consulado, não dá pra confiar nos correios em greve, infelizmente...

domingo, 16 de setembro de 2012

A compra da casa!

Olá leitores!

Com muuuito atraso, segue post sobre a compra da nossa 1a casa!

Depois de perdermos a nossa primeira bidding war, ficamos meio borocoxô com essa história de comprar a casa, achando que tínhamos perdido "a casa" e pronto.  Nesse meio tempo também, os bancos acabaram com as taxas promocionais de 2.99%, mas o super Charles do RBC me avisou que para todos os clientes dele que já estavam pré-aprovados, ele iria segurar a taxa por mais um tempo (para mais sobre mortgage e taxas, veja esse post).  Nisso, a Priscilla continuou me mandando listings por email e continuamos seguindo o MLS (veja mais sobre como encontrar sua casa aqui).

Em maio do ano passado, postei essa foto no Facebook da praia aqui em Toronto.  Na época, a Priscilla comentou que mora em Toronto desde que nasceu e não sabia onde era essa praia.  De brincadeira, eu falei pra ela anotar no seu "real estate notebook" que essa era a nossa região favorita da cidade e que essa praia ficava no final da rua Neville Park Boulevard.  Eis que numa 6a feira de inverno, chega um email dela umas 2 da tarde com um listing que tinha acabado de ser postado de uma townhouse na Queen St. com a Neville Park!  Na hora lembrei dessa foto e do comentário que eu tinha feito pra ela sobre essa rua!

Mandei o listing pro marido e ele nem queria ir ver.  Confesso, as fotos não eram lá essas coisas mas teoricamente era o que estávamos procurando (2 quartos, 2 banheiros) na rua que queríamos e, melhor, dentro do nosso budget!  Saindo do trabalho fui direto pra lá e encontrei com o marido e a Priscilla.

Confesso, não foi amor à 1a vista.  A casa tem muita escada (é townhouse), tem piso frio na sala (a "inteligência" que morava aqui antes acha que pq mora na praia tem que ter piso frio - hello, o inverno do Canadá dura 9 meses!), a planta é toda cheia de cantos, a sala é triangular...  Em compensação, abstraindo os móveis feios, as cores das paredes piores ainda sabíamos que tinha potencial.  Como isso já era mais de 7 da noite, combinamos com a Priscilla de voltar no dia seguinte pra ver a casa durante o dia - e falei pra ela já trazer a papelada pronta caso a gente fosse fazer uma oferta.

Chegando em casa, corre ligar pra minha mãe pra ver o que ela acha.  Do jeito que estavam os móveis do dono anterior, ele tinha apenas uma sala de jantar no andar de baixo, a sala de estar ficava no andar de cima, bem estranho.  Minha mãe viu as fotos e garantiu que dava pra fazer uma sala de estar além da de jantar no andar de baixo.  Essa era a principal preocupação.  Vi também que as fotos do listing haviam sido tiradas no verão e já estávamos no final do inverno, sinal claro de que a casa já tinha sido posta à venda anteriormente (sinal de que o dono estava tendo dificuldade em vender).

No dia seguinte 11 da manhã voltamos pra ver de novo com calma.  Nisso, a Priscilla já tinha feito a lição de casa e pesquisado quando tinha sido o listing anterior etc - descobrimos que o dono havia baixado o preço em 20k desde outubro.  Com todas as informações em mão, decidimos fazer uma oferta.  O marido queria barganhar, eu já com medo de perder mais uma casa, falei pra oferecermos o que eles estavam pedindo e pronto - de extras, pedimos pro dono deixar as banquetas da cozinha e um espelho da Ikea!  A Priscilla colocou na proposta que eles tinham que dar a resposta até meio-dia do dia seguinte, domingo - isso porque o corretor deles estava planejando fazer uma open house, e a gente queria evitar a open house e outras potenciais ofertas.  Como o financiamento já tínhamos aprovado, de condition ficou só a home inspection.

Proposta aceita!  Temos uma casa, uhu!!!  Chamamos os mesmo inspectors da casa anterior, que fizeram até desconto por se tratar de cliente antigo, rs rs rs.  Felizmente a casa não tinha nenhum problema grave, apenas notamos um pouco de umidade no teto de um dos quartos, vindo do banheiro que estava em cima.  Queríamos que o dono consertasse o vazamento, mas ao invés disso ele deu o desconto pra gente em cash - ou seja, economizamos um troco no valor da entrada.  Como queremos reformar o banheiro mesmo, foi ótimo.  Outro desconto que negociamos foi por conta do valor do condomínio - o listing dizia uma coisa e o condomínimo na verdade era $25 a mais por mês: Priscilla consegui mais um desconto por causa disso.  Essas outras negociações acho que foram mais fáceis até porque não tínhamos barganhado o preço original.

Depois de tudo acertado: inspection, negociações extras, checagem dos papéis do condomínio (isso é importantíssimo!), não somos mais sem-teto!  Acertamos a mudança para 2 meses depois da compra.  Nesse meio tempo, a Priscilla conseguiu alguém pra alugar o nosso apto e conseguimos cancelar o nosso contrato de aluguel sem multa e sem ter que fazer sublet pra outra pessoa.

Resumidamente:
- Aproximadamente 50 casas visitadas em meses de procura em todos os cantos de Toronto
- 1 bidding war perdida
- 2 home inspections
- Aprendemos que nem sempre mortgage broker consegue a melhor taxa
- Entrada de 20%
- Financiamento de 30 anos
- Amortização bi-weekly
- Juros de 2.99% pelos próximos 4 anos
- Não só temos casa própria em Toronto como MORAMOS NA PRAIA!

Thanks Canada!


quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Motoristas em Toronto têm que ter bola de cristal pra saber onde podem estacionar!

Post de utilidade pública!

Eu detesto gastar dinheiro à toa, então na viagem que fizemos semana passada ao invés de estacionar num estacionamento perto do aeroporto que ia me custar mais de $100 além do tempo pra esperar o shuttle etc, decidi parar na rua do nosso cumpadre e pegar um táxi de lá.  Ele mora "a $20 de táxi" do aeroporto, numa rua super tranquila, então saia mais rápido e mais barato estacionar na frente da casa dele e pegar um táxi.

Pedi pra ele confirmar se eu poderia estacionar lá na rua, se não tinha nenhuma placa nem nada (dá até nó na cabeça pra conseguir processar as informações nos postes aqui - alguns chegam a ter mais de 6 placas, como na foto ao lado).  All clear na rua do cumpadre, assim o fizemos.

Na volta, fomos gentilmente recebidos com uma multa!  A multa diz que a infração foi "Park longer than three (3) hours".  PQP, não tem placa dizendo nada!  Tenho que ser adivinha agora?  Fiquei p. da vida, pois imagino que um vizinho dele tenha chamado o pessoal pra multar, pois a rua dele é deserta, só passa raccoon e olhe lá.  Pelo menos a multa é só $15 e não dá pontos na carteira (e mesmo com a multa ainda saiu mais barato que parar no estacionamento do aeroporto).

Eu comentando isso com uma colega de trabalho e ela disse que a mesma coisa aconteceu com a irmã dela, que ela contestou a multa, teve que ir no juiz e não adiantou, que aparentemente tem uma regra que diz que não se pode parar por mais de 3 horas nas ruas, mesmo que não haja nenhuma placa dizendo isso.

Eu inconformada continue googlando e eis que encontro no site da prefeitura da cidade:

Q.What are the rules for parking on the street in Toronto?
A.In the City of Toronto, a three-hour limit exists on public roads where no other parking regulations are posted. Signs advising visitors to the city of this regulation are posted at the access points to the city and when exiting from a Provincial highway. It is very important, therefore, to check signage before parking on any street in Toronto.


Aff!  Ou seja, você tem que ter bola de cristal!  Pois em nenhum momento quando tirei carteira de motorista em Toronto ou mesmo licenciei o carro recebi um livrinho de regras dizendo isso.  Na minha cabeça sempre foi "se não tem placa, é porque pode estacionar".  Acabei descobrindo "the hard way" e estou $15 mais pobre!

Fico até com medo agora de quais outras "hidden laws" podem estar por aí, assim como medo de estacionar em qualquer outra cidade.  Lembro de ver algumas placas realmente, mas sempre pensei que fosse só no inverno por conta da limpeza das ruas quando neva.  Bom, agora aprendi!







terça-feira, 28 de agosto de 2012

Só no Brasil - festa com champagne na maternidade

Gente, pára o mundo que eu quero descer!

Acabei de ler essa reportagem na Veja Rio: Festa na maternidade e achei uó!  Só no Brasil mesmo.

Estando na fase em que todas as amigas já têm filho ou estão grávidas, já ouvi todos os tipos história de parto, maternidade, agora a polêmica das doulas e do parto em casa, e esse é um assunto recorrente aos muitos recém-chegados ao Canadá, pois muitos estão na idade de ter filhos.  O que mais se ouve são as diferenças de tratamento da rede pública canadense vs. a rede privada de saúde brasileira, onde a maioria dos que lêem esse blog tinha acesso.

Outro assunto muito comentado é a diferença entre a moda da cesárea no Brasil vs. a opção bem maior por parto normal no Canadá etc.  Esse não é um blog sobre maternidade e nem eu tenho conhecimento sobre o assunto, mas fiquei chocada com essa reportagem com as tais festinhas de maternidade - acho que em 2 anos de Canadá estou ficando gringa mesmo!

Onde já se viu? A mãe acabou de passar por uma experiência super importante (e às vezes traumática), o bebê acabou de nascer - (provavelmente por cesárea, afinal, acho que os garçons não ficam de plantão esperando as horas e horas de um parto normal), e fica todo mundo confraternizando no quarto com champanhe e tudo!

Acho super bacana as maternidade brasileiras que têm uma área de espera/bar onde os parentes podem ficar fazendo algazarra esperando o bebê nascer, ver pela televisãozinha e, se a mãe estiver em condições, fazer aquela visita-rápida no 1o dia.  Quando comento isso com a gringaiada eles já acham impressionante.  Agora essa da festinha com buffet???  E com bebida alcoólica ainda?  Duvido que os hospitais aqui de Ontario tenham licença pra servir bebida alcoólica!  O que aconteceu com ter um docinho de lembrancinha pra cada um e olhe lá?

Quanto mais tempo passo no Canadá mais fico chocada com a sociedade brasileira!


terça-feira, 21 de agosto de 2012

2 anos de Canadá comemorados na Alemanha - e nada do consulado!

Olá pessoal,

Semana passada comemoramos 2 anos de Canadá - como estávamos na Alemanha para o casamento de uma amiga, o post está vindo um pouco atrasado.

Esse segundo ano solidificou ainda mais nossa relação com o país e estamos cada vez mais seguros de termos tomado a decisão certa ao mudar pra cá.  As principais conquistas do Ano II:

- Marido terminou o mestrado
- Primeira viagem ao Brasil
- Primeiras visitas vindas do Brasil
- Comecei trabalho voluntário num rescue de cachorros
- Adotamos mais um cachorro (assunto para outro post!)
- Fomos pra Alemanha (!)
- Recebemos o pedido de exames do processo federal
- COMPRAMOS UMA CASA!!!

Conquistas maravilhosas mas sabemos que ainda temos muito a conquistar!

A grande pendência do momento é o visto de residente permanente.  Depois de 2 anos de processo recebemos o pedido de atualização de documentos em maio e o pedido de exames em junho.  Enviamos tudo ainda em junho e até agora, já no final de agosto, nada do pedido de passaportes.  Por um lado até foi bom, tem gente que recebeu o "combo" pedido de exames + passaportes e está com o passsaporte retido há semanas no consulado (o que pra nós seria um grandecíssimo problema, pois além da viagem da Alemanha semana que vem vamos pra um casamento de família na Argentina).

Estamos ansiosos pra ver se esse visto sai antes do final de setembro por 2 motivos: nosso visto de estudante/trabalho vence dia 30/9 (nossos work permits valem mais 3 anos, mas o visto de entrada e saída do país vence, ou seja, temos que tirar outro se quisermos sair e entrar novamente no país) e o nosso OHIP vence junto com o visto.  O OHIP também posso renovar antes, mas estou com uma mega preguiça de renovar com o work permit e dali a poucas semanas ter que ir lá de novo pra mudar o status pra residente permante.

Sei que estou reclamando de barriga cheia, mas realmente está todo mundo cansado do consulado, dos prazos não cumpridos etc.  Pra eu renovar o visto de entrada pro Canadá vai me custar não só tempo como também dinheiro (detesto jogar dinheiro fora), o OHIP só tempo mas é uma encheção, pois outro dia tentei fazer isso no Service Ontario mas fui numa "franquia" e eles não fazem, tenho que ir num do governo mesmo, o que significa sair no meio do expediente, pegar fila, pagar estacionamento...

Felizmente as repartições públicas com as quais tive que lidar até hoje no Canadá são muitíssimo mais eficientes que o setor de vistos de imigrante do consulado canadense de São Paulo!