segunda-feira, 22 de outubro de 2012

O landing!


Sábado foi dia de fazer o landing!  Eu tinha um compromisso até 10:50, então só pudemos sair de casa 11hs.  Eu gosto de ir cedinho pros States pra pegar menos fila na fronteira, mas dessa vez não teve jeito.  Sugiro todo mundo ter no celular um bookmark das páginas de Border Wait Times tanto dos EUA quanto do Canadá.  Dessa vez baixei um app também, BorderBuddy, que fica mais fácil de consultar e diz que pega o tempo real dos viajantes, funcionou bem.


Eu queria pegar a Rainbow Bridge (perto das cataratas) pois era mais perto de onde íamos buscar a nossa mesa, mas o BorderBuddy e os luminosos na estrada nos avisaram que a fila lá era de 1:20, portanto fomos pra ponte de Lewiston, cidade que morei no intercâmbio, onde a fila era de 20 minutos.  Fui “rata” sempre ficando à direita, pois conforme a fila vai andando quem está à direita tem acesso a mais cabines e passa mais rápido.  Fui surpreendida quando o moço avisou que teríamos que entrar – não entendi porque, pois tanto eu e marido tínhamos carimbo válido para o EUA, mas vamos lá.

45 minutos de espera depois (isso que estavam trabalhando super rápido), Officer Martinez chama a gente – lembrávamos dele, pois já tínhamos passado com ele uma vez (ele obviamente não lembrava da gente).  O problema era que minha última entrada nos EUA com o passaporte português tinha sido por aeroporto e eles não grampeiam aquele papelzinho mais pra quem não precisa de visto e entra por aeroporto e, sabe-se lá porquê, o pessoal da Lewiston Bridge exige o raio do papel.  Já passei pela Rainbow e pela Peace Bridge só com o carimbo sem papelzinho, enfim, aprendi a lição e sem papel não vou mais por Lewiston.  O chato é que o Officer Martinez ficou fazendo aquele monte de perguntas, até porque marido tem um nome bastante comum e segundo o officer do aeroporto o perfil dele é acessado toda hora pelas agências americanas  – learning: dê um nome bem diferente para o seu filho!  Quando ele começou a perguntar qual o nosso status no Canadá, comentei que iríamos fazer o landing (até esse momento estava praticando o “don’t ask, don’t tell”) e mostrei meu passaporte brasileiro com o visto de imigrante, e ele fala “xi, acho que vou ter que mandar vocês de volta!”.  Eu “Nooooo!  We want to go shopping!!!”  Ele pergunta pro colega do lado que fala que tudo bem ele deixar a gente entrar nos States.  O argumento dele era que se a gente não fosse aceito pro landing seríamos mandados de volta pro último ponto de entrada, os EUA, e eu falei “we are good for it” (imagine, a Nina e a Jojo estavam em casa esperando a gente!).

Entrada nos EUA carimbada, paguei os maledetos $6 pelo papel que eu nem devia ter precisado em primeiro lugar, quando na saída percebo que estou com o recibo dos $6, o passaporte antigo do marido, o novo do marido, e o meu portuga.  Cadê o brasileiro???   Volto correndo “Officer Martinez, I think you have my Brazilian passport!” – desse jeito realmente os canadenses iam me mandar de volta!  Ufa!  Essa foi por pouco!

Fomos correndo na CBI buscar a mesa  que compramos na Amazon, pois eles fechavam 15hs.  Nossa tradição inclui uma parada no restaurante Honey’s, super americano, só tem comida trash deliciosa e barata!  De lá fomos pro outlet mall fazer umas comprinhas básicas, estava precisando de calça e umas roupitchas pro trabalho.  Vapt-vupt no shopping, parada rápida no Target, checamos o BorderBuddy de novo e decidimos voltar dessa vez pela Rainbow Bridge.  O bacana da Rainbow é que dá pra ver as cataratas, adoooro!



Aviso o oficial que íamos fazer o landing, ele me pergunta quanto tinha de compras e nos manda pra sala de dentro.  Uma mega fila pra pagar o imposto – eu achando que iam me dar um desconto no imposto pois estávamos fazendo o landing, que nada, a officer falou “primeiro paga o imposto depois passa naquela cabine ali pra fazer o landing”, aff!  Lá fomos nós, o oficial fala “xi, landing? Não sei se vai dar tempo de eu fazer”.  Eu perguntei se era o final do turno dele e ele explicou que de hora em hora os oficiais mudam de posto, então deu a papelada pra uma outra officer.  Mostrei meu holerith como prova de fundos e ele mandou a gente sentar.  Uns 10 minutos depois, a officer pediu minha carteira de motorista com o endereço.  Mais 10 minutos, chamou a gente, mandou assinar que nunca tínhamos cometido crime, sido deportados etc, avisou que a partir de agora éramos landed immigrants, que tínhamos que ficar 3 de cada 5 anos no país e toda aquela informação que a gente já sabia.  Durante todo o tempo ela nem olhou no olho nem nada, não falou welcome do Canada ou nada parecido, ficamos até sem saber se já tinha acabado o “processo”.  O bom é que ela explicou que se o PR card não tiver chegado, podemos sim ir pros EUA e voltar só com os landing papers se formos de carro, se formos por um “commercial carrier” tem que pedir o travel document pra voltar.  Info importante essa.

Foi isso.  O Officer Martinez no EUA acabou sendo muito mais simpático (e memorável) que a Officer X canadense (pois nem descobri o nome dela), mas o importante foi ter saído de lá com o landing feito!
Hoje já fui no Service Canada mudar o meu SIN number (dica, levem o cartão velho, eu vou ter que voltar lá pra devolver o antigo) e vou marcar um horário pra ir no Service Ontario mudar nosso OHIP.
Mais uma etapa vencida!!!


8 comentários:

  1. Que sufoco, hein???? rsrsrrsrs... mas, graças a Deus, que deu tudo certo... bjs

    ResponderExcluir
  2. Oi Lu, pelo jeito o landing feito por terra é tranquilo.
    Logo logo teremos que fazer a mesma coisa, os nossos exames médicos chegaram em SP essa semana, estamos esperando o pedido dos passaportes.

    E com isso tenho uma pergunta pra você, nosso exame médico chegou no Brasil e está tudo certo, mas a Maura falou que ainda não pode pedir o passaporte pois o "Canadá tem que avaliar o processo devido a vocês estarem morando no Canadá". Vocês passaram por isso também?

    Obrigado e boa certo como landed immigrant!

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Oi Marcel,

      Parece que eles fazem um background check para pessoas que já moraram (ou moram) no Canadá. No meu caso, pediram os fingerprints (veja esse post: http://dofornoparaofreezer.blogspot.ca/2012/09/fingerprints-chegaram-no-consulado.html).

      Pelo que acompanhei de outros processos, o nosso pedido de passaportes demorou mais do que de outras pessoas que fizeram os exames médicos na mesma época que a gente. Mas é só esperar que chega!

      abs

      Excluir
    2. Ou melhor, esse post: http://dofornoparaofreezer.blogspot.ca/2012/09/tocando-piano-ou-tirando-as-digitais.html

      Excluir
    3. Ah ok, lembro de ter lido esse post e não ter entendi o porque das fingerprints. Agora tá explicado.

      Brigadão.

      Excluir
  3. Que bom Lu! Fico feliz por vcs... agora a vida fica mais fácil por aqui =)

    ResponderExcluir
  4. Entendi correto? Uma vez fazendo o landing e tendo os documentos Canadenses em mãos ou o PR, você pode entrar nos EUA sem visto e sem o passaporte Brasileiro caso você esteja indo de carro???

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Pra entrar nos EUA tem que ter visto ou passaporte de país que não exija visto - isso não muda nunca. O que eu quis dizer é que indo de carro você pode VOLTAR para o Canadá sem PR (mas com passaporte e com os landing papers).

      Excluir